Sabia que…
A figura mais proeminente da Casa das Mouras não nasceu lá e nem sequer era natural da Vila de Rio de Moinhos, no concelho de Penafiel? Falámos de Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira, que se ligou a esta casa através de laços matrimoniais. Nascido a 26 de novembro de 1804 na freguesia de Santo Ildefonso, cidade do Porto, Columbano era filho do Desembargador Columbano Pinto Ribeiro de Castro (conhecido por ter elaborado o Mapa da Província de Trás-os-Montes), e D. Genoveva Rita Portugal da Silveira. Orfão de pai desde o nascimento (Columbano Pinto Ribeiro de Castro morrera meses antes), e na qualidade de herdeiro universal e único filho, Columbano herdou todos os bens paternos, incluindo o título de Fidalgo Real, alcançado por seu avô Manuel Pinto Ribeiro de Castro em 1741, e a administração do Morgado de Nossa Senhora da Vela, instituído em 1673 por seu tetravô Belchior Ribeiro. Com propriedades e bens que se estendiam por todo o distrito do Porto, indo até ao concelho de Barcelos a norte e ao concelho de Santa Maria da Feira a sul, permitiu este vínculo que os bens comprados por seus antepassados não se perdessem até chegar a Columbano.
A figura mais proeminente da Casa das Mouras não nasceu lá e nem sequer era natural da Vila de Rio de Moinhos, no concelho de Penafiel? Falámos de Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira, que se ligou a esta casa através de laços matrimoniais. Nascido a 26 de novembro de 1804 na freguesia de Santo Ildefonso, cidade do Porto, Columbano era filho do Desembargador Columbano Pinto Ribeiro de Castro (conhecido por ter elaborado o Mapa da Província de Trás-os-Montes), e D. Genoveva Rita Portugal da Silveira. Orfão de pai desde o nascimento (Columbano Pinto Ribeiro de Castro morrera meses antes), e na qualidade de herdeiro universal e único filho, Columbano herdou todos os bens paternos, incluindo o título de Fidalgo Real, alcançado por seu avô Manuel Pinto Ribeiro de Castro em 1741, e a administração do Morgado de Nossa Senhora da Vela, instituído em 1673 por seu tetravô Belchior Ribeiro. Com propriedades e bens que se estendiam por todo o distrito do Porto, indo até ao concelho de Barcelos a norte e ao concelho de Santa Maria da Feira a sul, permitiu este vínculo que os bens comprados por seus antepassados não se perdessem até chegar a Columbano.
Assinatura de Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira |
De sua infância pouco se sabe, tendo partido por volta de 1808-1809 para o Brasil, aquando das invasões francesas, juntamente com sua mãe D. Genoveva, e seu padrasto, o Tenente-Coronel Isidoro de Almada e Castro, com quem esta havia casado em 1806. Sabe-se que teve uma meia-irmã, D. Matilde Leonor de Almada e Castro, cuja única informação que se tem a dá como Açafata da Rainha D. Carlota Joaquina. Ainda no Brasil, Columbano formou-se em Humanidades, tendo ainda sido Tenente de Artilharia do Exército Brasileiro. Regressando a Portugal já nos finais dos anos vinte do século XIX, acaba por se casar a 2 de fevereiro de 1835 com D. Efigénia Amália de Moura Torres, uma jovem filha de proprietários endinheirados, Rodrigo Bravo Cardoso Torres e D. Maria Máxima de Moura Torres, natural da freguesia de Rio de Moinhos.
Caminho Escuro - Comédia teatral escrita por Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira |
A partir de daqui, Columbano passa a residir na casa dos antepassados maternos de sua esposa, que ficaria conhecida mais tarde como Casa das Mouras. Com ele trouxe toda a documentação que possuía, incluindo os tombos de propriedades do Morgado de Nossa Senhora da Vela e também variada documentação dos seus antepassados paternos, juntando à pouca documentação produzida pelos familiares de D. Efigénia, mas constituindo assim, grande parte do arquivo que hoje temos conhecimento. Do casamento, nasceram nove filhos, cinco rapazes e quatro raparigas entre 1836 e 1849, tendo o nome mais sonante desta prol em D. Maria Henriqueta Torres de Castro, que já depois de casada tornar-se-ia Condessa de Bovieiro.
Documentos produzidos por Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira |
Durante a sua vida, Columbano não se destacou só como proprietário e morgado, tendo ocupado vários cargos políticos ao nível concelhio. Foi vereador e vogal da Câmara Municipal de Penafiel nas décadas de 1840 e 1850 e entre 1868 e 1873 ocupou o cargo de Administrador do Concelho de Penafiel. Foi ainda Presidente da Junta de Freguesia da Paróquia de Rio de Moinhos, no ano de 1874. À carreira política, Columbano juntou também o gosto pela literatura e o estudo da genealogia. Preocupou-se não só em deixar apontamentos genealógicos sobre sua família, como em reunir a documentação antiga, existindo exemplares da História Genealógica da Casa Real Portuguesa na parte de biblioteca da Casa das Mouras. Nunca tendo publicado uma obra literária, legou-nos no entanto, dois livros de peças teatrais da sua autoria, encontrando-se ainda alguns poemas escritos nos versos de vários documentos pessoais. É ainda o maior produtor de informação da Casa das Mouras, possuindo mais de sete dezenas de documentos dentro deste fundo.
Capela onde jaz Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira, anexa à Igreja Paroquial de Rio de Moinhos |
Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira morreria a 24 de novembro de 1877, numa das suas residências na cidade do Porto, sendo sepultado na capela que mandara erigir numa das laterais da igreja paroquial de Rio de Moinhos e, onde ainda hoje está e se pode ver as iniciais de Columbano.
Elaborado por Vilma Cardoso
(Fonte: Arquivo da Casa das Mouras, PT/AMPNF/CMOU. Arquivo Municipal de Penafiel)
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