quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

"A parteira que os viu nascer e não os perdeu de vista pela vida fora..."

António Guimarães
Espólio fotográfico da Casa Comercial FotoAntony, reportagem nº. 1727, de 1963.

Rua Nova do Almeida
                 Tratava-se da rua que ligava a Rua Direita ao Convento de Santo António dos Capuchos, atual Rua Mário de Oliveira.
O corregedor João de Almeida Vieira foi responsável, em 1788, pela abertura desta rua que levou o seu nome.
            Cf. GRAVETO, Pedro José Garcia do Nascimento - "A Matriz até à Misericórdia". Coimbra: Universidade de Coimbra, 2000. (Prova final de licenciatura em Arquitetura, no Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra datilografada).


As habitações em Penafiel no século XVIII
   
      O livro de arruamento de 1762 permite verificar que mais de 80% das casas são de sobrado, com cobertura de telha, tendo lojas e quintal. As térreas, telhadas ou colmaças, estavam principalmente na zona baixa da localidade.
Alinhadas em banda ao longo das ruas, as casas viravam para elas uma fachada estreita, normalmente sem portões ou quintais interpostos.
Lotes, estreitos e longos, ocupados junto à rua pelo edifício, ficando o espaço sobrante para o quintal, onde frequentemente se encontrava uma segunda entrada por ruelas ou becos secundários.
No piso térreo estaria a loja e a oficina de ofícios mecânicos. O sobrado, ocupado pela habitação era único e só num caso duplo em 1762.
Eram construções estreitas, vazadas e ventiladas pelos topos que deixavam interiores iluminados indiretamente ou por clarabóias. Entradas em corredor ladeavam a parede até à porta oposta.
           Cf. GRAVETO, Pedro José Garcia do Nascimento - "A Matriz até à Misericórdia". Coimbra: Universidade de Coimbra, 2000. (Prova final de licenciatura em Arquitetura, no Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra datilografada).
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As filigranas e as marcas de água
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       Estas serviam para identificar o papel. São os desenhos ou inscrições que aparecem numa folha de papel quando esta é olhada em transparência.
A utilização de certos temas em determinadas épocas, permite identificar a origem dos documentos não datados, bem como a origem do papel utilizado.
A observação da filigrana como elemento de identificação do papel, só pode fazer-se a partir do final do século XIII, pois anteriormente ela não aparece.
A partir de 1307 podemos encontrar nas filigranas os nomes dos papeleiros. Inicialmente, os símbolos usados não designavam, explicitamente, os seus proprietários. Com o aumento da concorrência comercial, começaram a personalizar a marca de água.

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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

A preparação do Pergaminho
     A preparação da pele para obtenção de pergaminho é semelhante à da obtenção do couro, com passos de tratamento diferentes. As operações só diferem a partir do momento em que a pele já está descarnada e depilada.
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A pele é formada por duas camadas:
A epiderme – camada muito fina onde se encontram os pelos do animal;
A derme – camada mais espessa com restos de gordura e formada por fibras de colagénio.
Passos mais importantes para a preparação do pergaminho:
• Eliminação do pelo e da gordura
• O Retesamento
• A secagem
• O polimento
Para eliminar o pelo e os restos de gordura, a pele é submetida a um banho de cálcio. Assim, a pele recebe um teor de alcalinidade que lhe dá uma certa resistência.
O tratamento final da preparação da superfície do pergaminho permite-lhe receber um texto escrito e é feito por fricção com gesso, pedra vulcânica ou outro material abrasivo.


Ruas novas na segunda metade
 do 
século XIX
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             Na década de setenta da centúria de oitocentos, inicia-se a abertura decisiva de ruas novas que abrem a estreita malha urbana da antiga Arrifana.
Assim, a Câmara estuda a ligação da Rua do Carmo à estrada da Aveleda e projeta uma via que, saindo da Estrada Real n.º36, passa na rua abaixo do quartel e do Campo da Feira, continuando até à Praça Municipal.
O setor da Estrada Real n.º36, na cidade recebe a designação de Engenheiro Matos. A ligação iniciada na Praça Municipal e que rasgou a Rua Direita será a Manuel Pedro Guedes. A rua entre a calçada da Fábrica e estrada de São Roque passou a chamar-se Tomás Ribeiro e a rua abaixo do quartel Fontes Pereira de Melo.
Em 1889, a Rua de Cimo de Vila passa a chamar-se Alfredo Pereira. A ligação entre Pedro Guedes e a Vista Alegre recebe o nome de Soares de Moura.
A antiga Rua Nova passa a denominar-se de Serpa Pinto (hoje Joaquim Cotta).
A abertura da Avenida Soares de Moura faz-se apenas em 1896.
A Avenida Araújo e Silva foi inaugurada em 1895.

                      GRAVETO, Pedro José Garcia do Nascimento – A Matriz até à Misericórdia. Coimbra: Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, 2000. 
Tese de licenciatura policopiada.
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Fábrica de Papel

           Foi em meados do século XIII que teve início o fabrico do papel, usando como matéria-prima o trapo. Dava-se preferência aos trapos de linho.
Como se processava:
1 – Separação dos trapos segundo a cor e a qualidade. Pois estes lotes separados davam origem a diferentes papéis, consoante fosse papel para a escrita, manual ou impressa, ou papel para embrulho.
2 – Limpeza, corte e desfiação, ou seja, retiravam-se todos os materiais indesejáveis como botões, fivelas, entre outros. As peças eram rasgadas em tiras pequenas e estreitas e desfiadas com o auxílio de lâminas.
3 – Lavagem e empastelamento. Destinava-se a libertar sujidades. Os fios eram lavados e batidos com maços para os reduzir a pasta. A água era muito importante para o efeito, daí que a produção de papel ficava sempre junto a cursos de água.
4 – Enformação. Após se ter a pasta e feita a maceração da mesma, lançava-se esta em formas/moldes.
A forma era um caixilho de madeira, com uma rede de filamentos que servia de base.
O excesso de água retirava-se com uma folha de feltro ou flanela.
Soltas as folhas, estas eram empilhadas, alternando-as com feltros.
Passava-se depois à etapa da secagem.
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Imagens do Museu do Papel, em Santa Maria da Feira.



A antiga Rua das Chãs
            Sabia que…..
                A Rua das Chãs e o Largo das Chãs ficavam na zona que hoje denominamos de Praça Municipal.
Em 1762, do lado direito, entre a zona onde foi construída a Câmara Municipal e as capelas apenas habitavam quatro moradores do lado direito. Por sua vez do lado esquerdo, com as casas dispostas em banda existiam quarenta e uma moradias. À exceção de uma, as vinte e cinco primeiras eram sobradadas e com lojas. A seguir predominavam as casas térreas.

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Palimpsesto
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           Trata-se do pergaminho respançado, que foi raspado, ou seja, utilizou-se a técnica de raspagem do texto anterior de modo a possibilitar uma nova utilização.
Tal situação devia-se, muitas vezes, à falta deste material.

         Sabia que…
O pergaminho
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          É um material de suporte gráfico, resultante do tratamento adequado da pele de certos animais, de preferência o carneiro, a cabra e a vitela.
Tratava-se de um material que se podia obter com facilidade e que era perdurável.
A designação com que ficou universalmente conhecido deriva do nome de Pérgamo, onde o Rei Eumenes II, na sequência dos Ptolomeus terem proibido a exportação de papiro para aquela cidade, se viu obrigado a fomentar a obtenção de um material de escrita alternativo.
O seu uso foi reservado, inicialmente, e até ao século VI aos códices, depois desta data o pergaminho começa já a ser empregue em documentos avulsos ou cartas.
Na Idade Média, o principal suporte de escrita tornou-se o pergaminho e a partir do século XI começou, paulatinamente, a ser substituído pelo papel.
Contudo, este material nobre continuou a ser utilizado em documentos cuja a perpetuidade se fazia mais necessária, conferindo-se, assim, ao pergaminho um estatuto privilegiado. A provar isso, temos o facto de se ter continuado a passar neste suporte as Cartas de Curso, Diplomas de Privilégios, Tenças, Padrões, entre outros.