segunda-feira, 31 de julho de 2017



Dona Joana Felizarda Delfina de Abreu Aranha e Araújo

   Filha de Brás de Abreu Guimarães e de Dona Joana do Nascimento de Araújo Aranha, descendentes de uma burguesia endinheirada que começou a investir seus cabedais em terra, tentando, depois, nobilitar-se.
Dona Joana tinha mais três irmãos: Bento de Abreu Aranha, João de Abreu Aranha e Araújo e Brás de Abreu Aranha e Araújo.
Sabemos que em 1765 já se encontrava casada com Manuel de Meireles Guedes de Carvalho....

Joana viveu na casa de seus pais, na Rua Chã, no Porto, e depois na Quinta da Lavandeira, junto ao Poço das Patas, na mesma cidade. Para o casamento trouxe um dote avultado e rico, essencialmente em enxoval, móveis e peças de ourivesaria. As casas da Rua do Poço das Patas vieram para a Aveleda por seu dote.
Joana devia ter falecido de complicações derivadas do parto de sua única filha, pois esta nasceu a 16 de fevereiro de 1774 e o inventário feito pelo seu falecimento é de 21 de março de 1774.
       Cf. ARQUIVO MUNICIPAL DE PENAFIEL – Inventário do acervo documental do Morgado da Aveleda. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2011, p.857.

  Imagem do documento pertencente ao espólio do Morgado da Aveleda, cota PT/SACQA/MA/C/K/mç.01.



         Sabia que…
                  O séc. XX, com todas as alterações políticas existentes, separação dos bens do Estado e da Igreja, levaram a um esvaziar dos fundos das Misericórdias, das quais Penafiel também se ressentiu. Assim, com a diminuição dos testamentos que beneficiavam a Misericórdia de Penafiel, outras formas de caridade se fizeram sentir, agora essencialmente pela mão das mulheres, tão excluídas ao longo dos séculos da vida desta Irmandade Penafidelense, organizando cortejos, quermesses, donativos quer para o hospital, como para os lares.
       Cf.: ARQUIVO MUNICIPAL DE PENAFIEL – Santa Casa da Misericórdia de Penafiel – Inventário do Acervo Documental. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2009, p.25. 
            Disponível online em: http://www.cm-penafiel.pt/…/inventarios-e-documentacao-publ….


          Sabia que…
                    Na ata da reunião, da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos, de 15 de setembro de 1958, a Junta pede, à Câmara Municipal, para construir um depósito de águas que abastecesse Cans, durante o Verão, em virtude da água corredia ser insuficiente.

          Cf.: FERNANDES, Paula Sofia, et al – Junta de Freguesia de Rio de Moinhos – Inventário do Acervo Documental. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2002, p. 15.


 Bento de Meireles Freire

                    Bento de Meireles Freire foi o 3.º filho de Ana Moreira e de Gonçalo Barbosa Coelho e irmão de Gonçalo Barbosa de Meireles Freire.
Ordenou-se sacerdote, foi abade da igreja de S. Miguel de Beire e deixou todos os seus bens móveis e de raiz à Casa da Aveleda.
Bento de Meireles Freire foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, tal como o seu tio-avô Amaro Moreira....
Fez legado à Santa Casa, tendo falecido em 3 de agosto de 1707, contrato pelo qual deixou escrito que dispunha seus bens em sufrágios pela sua alma e vários legados a várias pessoas, entre os quais Gonçalo de Meireles.
Bento era padrinho de Gonçalo de Meireles Guedes, filho de sua sobrinha Mariana de Meireles, ao qual deixou o serrado da Agrela. Deixou, ainda, a Quinta de Vau, em Paço de Sousa e outras terras.
            Cf: ARQUIVO MUNICIPAL DE PENAFIEL – Inventário do acervo documental do Morgado da Aveleda. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2011, p. 824.
Imagem:
          - Igreja de S. Miguel de Beire, retirada do blog http://gdsluiz2007.blogspot.pt/



terça-feira, 11 de julho de 2017

Confraria do Santíssimo Sacramento
Foto de Amigos do Arquivo de Penafiel.             Surge na matriz de Penafiel, no século XVI, na capela do Espírito Santo.
O desconhecimento do seu arquivo, importantíssimo para a história desta localidade, não nos permite grandes conclusões.
Contudo, através de um livro da confraria, existente no Arquivo Municipal, e dos estudos de Coriolano de Freitas Beça, conseguimos apontar a sua fundação para meados da centúria de quinhentos, coincidindo com a transferência de paróquia para esta igreja.
Assim, segundo o livro “Breve instrução para os administradores da Confraria do santíssimo Sacramento da Cidade de Penafiel”, esta teria sido instituída na década de quarenta, da centúria de quinhentos, logo a seguir à primeira instituição da Confraria do Santíssimo Sacramento, em Roma, em 1539. Nos “apontamentos históricos de Penafiel”, existente no Arquivo Municipal, também se refere a fundação desta confraria em 1540.
Em 1610 teriam sido reformados os seus estatutos. Era administrada por doze homens eleitos, que tinham vigência vitalícia sobre a mesma, devendo ser escolhidos “entre os principais da terra”. Só à morte de cada um deles é que se procedia à eleição do seu substituto. Para tal, o juiz convocava a mesa para se provir à escola do individuo que iria ocupar o lugar vago. Para esse fim, o dito juiz nomeava três pessoas das “principais da confraria” e realizava-se a eleição. Ficaria no lugar, aquele que tivesse mais votos, sendo estes feitos por favas brancas e pretas. No caso de haver empate, ao juiz caberia o escrutínio entre os candidatos empatados.
Apesar do livro da confraria, hoje depositado no Arquivo Municipal de Penafiel, nos apontar a sua criação ainda na igreja do Espírito Santo, na década de 40, do século XVI e, portanto, anterior à transferência de paróquia, o livro do registo de irmandades e confrarias do concelho, datado de 1864, coloca-a como tendo sido instituída em 1610, sendo os seus estatutos aprovados em novembro de 1611.
A importância dos cartórios destas confrarias é enorme para o estudo da morte, da religiosidade e da história da própria cidade de Penafiel. Assim, se alguém tiver conhecimento do arquivo da dita confraria, por favor, ajude-nos a salvar a memória da cidade.



         Cf. Fernandes, Paula Sofia Costa – O hospital e a botica da misericórdia de Penafiel (1600-1850). Penafiel: Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, 2016, p. 34-35.
   Imagens do livro da Confraria do Santíssimo Sacramento, cota: PT/CMPNF/AMPNF/AL/C.SS.S./LV.01.
Foto de Amigos do Arquivo de Penafiel.

Amigos do Arquivo de Penafiel
Boelhe
Foto de Amigos do Arquivo de Penafiel.
            Pinho Leal, no seu dicionário antigo e moderno, sugere que se visite Boelhe, o seu largo da arca, pela paisagem que oferece aos olhares de cada um e por possuir um monumento românico, com as melhores características do românico do Vale do Tâmega e Sousa, não pela sua grandeza física, por se tratar de uma igreja do meio rural, mas pela sua especificidade, como poderão verificar pela bela imagem que junto, simbolizando a posse efetiva das terras de Boelhe pelos cristãos aos muçulmanos e dento da qual os primeiros cristãos de Boelhe puderam balbuciar as primeiras orações dirigidas ao céu e à volta da qual os primeiros colonos produziram os cereais e o vinho.
 
 Cf. SOARES, João. Boelhe. Notícias de Penafiel, Penafiel, 5 de agosto. 2016. Edição n.º14. p.11.Foto de Amigos do Arquivo de Penafiel.
Foto de Amigos do Arquivo de Penafiel.Foto de Amigos do Arquivo de Penafiel.
Foto de Amigos do Arquivo de Penafiel.
Boelhe
          A partir de 6 de Agosto de 1853, Boelhe ficou com a área geográfica que tem atualmente, através do decreto-lei que anexou a si a freguesia ribeirinha de Passinhos, que vinha da Idade Média, ficando a ser um simples lugar desta, exatamente por ter deixado de possuir o número de cidadãos elegíveis estabelecido por lei.
Passinhos é o diminutivo de paços, sendo passinhos “habitações regalengas de gente titular ou de qualquer dignidade religiosa”, bastando “paço” ou “palácio”, ser somente um, já que a designação de paço se empregava no singular e no plural, Para se “paço” bastava ser casa, algo mais que ordinária. No ano de 1280, apareceu na chancelaria de D. Dinis, como freguesia de “São Miguel de Paços”.
 
       Cf. SOARES, João. Boelhe. Notícias de Penafiel, Penafiel, 5 de agosto. 2016.
       Edição n.º14. p.11.

 
Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses

            Cónego António dos Santos – natural da paróquia de S. Martinho de Milhundos, Penafiel. Estudou no Seminário Maior do Porto. Ordenado Diácono em 2/8/1936, e presbítero no Mosteiro de Singeverga, em 26 de Setembro de 1937. Teve missa nova em 27 de Setembro desse ano, em Milhundos com a presença do Cónego e Vice-Reitor António Ferreira Gomes.
Iniciou o seu diário “Itinerário de um Padre”, em Milhundos, 24/7/1936. Ia ser este diário, o seu “confidente, amigo e atento, silencioso e sempre presente, que me acompanhará na longa caminha da vida”. O 2.º volume saiu em 1941, o 3.º volume em 1987 e o 4.º volume em 1989. E ainda o livro “A Memória do Tempo”, com 1.º e 2.º volume, este em 1996.
Foi professor e perfeito no Colégio de Ermesinde. Recorda em 1937, a carta que lhe enviou o seu antigo Professor da Escola Primária de S. Martinho de Milhundos, então já médico Dr. Carlos Hugo Lopes de Obastro, a felicitá-lo pela sua ordenação. Tinha 23 anos. É nomeado coadjutor na Paróquia de N.ª S.ª da Conceição, Porto, em 21/2/1938.
Em 25 de Agosto de 1938, indicado pároco de Teixeira e Teixeiró, no concelho de Baião. Aí, refere que, na sua primeira missa assistiram duas velhinhas. A residência paroquial era “na casa da família Picota, e entrava-se pela cozinha”. E, em Teixeiró, a residência era na casa do Senhor Montes. Diz: “era um reencontro com a Madre-Natureza, um regresso às origens…”, e lembra Teixeira de Pascoais, “Ó serra das divinas madrugadas”. Comprou o pequeno “garrano” do anterior pároco destas paróquias, e quase andava com os pés no chão, e sendo assim vendeu-o. Comprou um cavalo e arrendou uma casa no lugar do Hospital.
Começa a escrever a peça de teatro “Primavera”, para ser apresentada no Teatro Sá da Bandeira, a favor da construção da Igreja de N.ª S.ª da Conceição, Porto (1939).
Em 15/12/1940, inaugura o cruzeiro paroquial de Teixeira, e tem dificuldade em comprar o bacalhau para o Natal. Não tinha luz elétrica, nem telefone, nem telefonia. Recebia de Lisboa, com atraso, o jornal “Novidades”.
É convidado para uma paróquia de Vale de Cambra, não aceitou. Tinha-se afeiçoado a estas terras do “fim do mundo”. Vai escrevendo no jornal “O Penafidelense”, com o pseudónimo de António Galaaz, com vários poemas.
Seis anos depois, em 1944, é nomeado para Sobrado de Paiva e Bairros (Castelo de Paiva). Desde as suas paragens por Teixeira e Teixeiró, revelara-se com inclinação e gosto, para a Ação Católica Portuguesa, da JOC e LOC. É, então convidado para a orientação destes movimentos no Porto, nos anos 50 e 60, por D. António Ferreira Gomes. Sobre esta atividade descreveu-a nos dois volumes do seu livro “A Memória do Tempo”. Bem como a sua ligação fiel a D. António Ferreira Gomes.
Este é um resumido texto da vida sacerdotal do Cónego António dos Santos, um pouco desatento do grande público. Foi eleito, em 12 de Janeiro de 2008, membro nato do Conselho Pastoral, por D. Manuel Clemente. E, em 30 de Março de 2008, presidiu à última sua celebração, na Igreja de Santo António dos Congregados, na solenidade de N.ª S.ª das Dores.
 
       Cf. FERREIRA, José Fernando Coelho. Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses.
       Notícias de Penafiel, Penafiel, 21 de outubro. 2016. Edição n.º23. p.8.

 
Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses
          Cónego Dr. António Moreira da Rocha – natural de S. Miguel de Paredes, licenciado, foi um investigador da história de Penafiel, a quem ainda não se lhe reconheceu esse mérito, com os seus escritos dispersos. Escreveu nos anos sessenta, no “Notícias de Penafiel”, assinando com o pseudónimo de “Monaquino”, e, que há pouco tempo este jornal reproduziu. Foi amigo do Padre José Monteiro de Aguiar e de Padre Américo. Tem o seu nome assinalado numa rua da Freguesia de S. Miguel de Paredes.
 
     Cf. FERREIRA, José Fernando Coelho. Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses.
     Notícias de Penafiel, Penafiel, 21 de outubro. 2016. Edição n.º23. p.8.
 
Amigos do Arquivo de Penafiel
Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses
         Cónego Joaquim Ferreira Gomes – natural de S. Martinho de Milhundos, da Casa da Quebrada, em 28 de Dezembro de 1873. Estudou no Colégio de Santa Quitéria (Felgueiras). Entrou para o Seminário do Porto, e cursou Teologia, Com 20 anos recebeu o “prima tonsura e ordens menores”. Ordenado presbítero em 1896, por D. Américo. Foi professor no Colégio de S. Gonçalo em Amarante e depois nos Seminários Diocesanos, nos Carvalhos (Gaia) e do Porto. Professor de grandes conhecimentos em Latim e Matemática. Esteve ao lado de D. António Barroso, que fora exilado três anos, e regressou em 1914, à diocese do Porto. Em 1919, a Igreja comprou a Torre da Marca, (na antiga rua do triunfo, hoje D. Manuel ll), para aí edificar o Seminário. E, o Padre Joaquim Ferreira Gomes (denominado Padre Gomes) foi escolhido para seu director.
De trato afável, falas afectuosas e pausadas, numa estrutura mediana, com uma indumentária rigorosa, e de vigor físico e intelectual.
No tempo de D. António Barbosa Leão, o Seminário de Vilar, e, com o director “Padre Gomes”, atingiu a frequência de 130 alunos (1922/23), e ainda andava com ampliações de construção.
Teve uma vida consagrada á formação sacerdotal. Foi nomeado Cónego da Sé do Porto, em 15 de Junho de 1927.
Faleceu em 29 de Março de 1942, estando já há vários anos inactivo. Foi o seu sobrinho Cónego António Ferreira Gomes, o seu continuador como Vice-Reitor do Seminário.
 
      Cf. FERREIRA, José Fernando Coelho. Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses.
      Notícias de Penafiel, Penafiel, 21 de outubro. 2016. Edição n.º23. p.8.
 
Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses
            Cónego Manuel Moreira Aranha Furtado de Mendonça – natural da paróquia de S. Martinho de Lagares (Penafiel), bacharel em Teologia pela Universidade de Coimbra. Professor no Seminário de Lamego. Vice-Reitor do Seminário de N.ª S.ª do Rosário, dos Carvalhos (1884), e depois no Seminário do Porto (8/1/899). Foi nomeado Cónego da Sé do Porto, em 25 de Novembro de 1905.
Faleceu em Pedorido, no dia 3 de Agosto de 1906.

      Cf. FERREIRA, José Fernando Coelho. Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses. Notícias de Penafiel, Penafiel, 21 de outubro. 2016. Edição n.º23. p.8.

      Imagem retirada da página: http://www.diocese-porto.pt.

 
Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses
            Cónego António Alves Mendes da Silva Ribeiro – nasceu em Penafiel, a 19 de Outubro de 1838. Ordenado presbítero em 1861. Formou-se em Teologia. Nomeado pároco de Vale de Remígio. Foi o pregador, em 1863, no Te-Deum, em ação graças pelo nascimento de D. Carlos. Em 3 de Fevereiro de 1864, foi nomeado Cónego da Sé do Porto, e professor do Seminário. Em 1901, pregou na Batalha, com a presença de D. Carlos, e o rei nomeou-o arcediago de Oliveira do Douro, tomando posse em 17 de Janeiro de 1902. Foi o último arcediago desta terra, vindo a falecer em 4 de Julho de 1904.
 
        Cf. FERREIRA, José Fernando Coelho. Ilustres Eclesiásticos Penafidelenses.
        Notícias de Penafiel, Penafiel, 21 de outubro. 2016. Edição n.º23. p.8.
Foto de Amigos do Arquivo de Penafiel.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Amigos do Arquivo de Penafiel
              Sabia que…

           Em ata de reunião, da Junta de Freguesia de Irivo, de 4 novembro 1928, foi dito pelo Sr. Presidente que “tendo-lhes sido feito um pedido pelas Ex.mas professoras desta freguesia de 20 cadernos de papel para as suas escolas, lhe respondera que na ocasião presente não tinha dinheiro para satisfazer tal pedido. Que tendo as mesmas voltado a insistir no referido pedido, consultou o superior das ditas professoras neste sentido, o qual lhe respondeu que realmente as Juntas deviam fornecer os impressos precisos para o recenseamento escolar, mas que em vista de não terem dinheiro nesta ocasião, oficiasse as mesmas professoras delicadamente, dizendo que não tendo a Junta dinheiro na presente data, as auxiliavam com a quantia necessária, com o seu próprio dinheiro”.

         Cf.: ARQUIVO MUNICIPAL DE PENAFIEL - Junta de Freguesia de Irivo – Inventário do Acervo Documental. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2006, p.23.
          Disponível online em: http://www.cm-penafiel.pt/…/inventarios-e-documentacao-publ….
 
Amigos do Arquivo de Penafiel
        Sabia que…
               A centúria de novecentos e as alterações culturais e de mentalidades desta época impuseram grandes mudanças nas Misericórdias. Com uma diminuição significativa dos legados pios, grande parte dos beneméritos apoiam a Misericórdia de Penafiel em vida, sobretudo com donativos para a construção de um novo hospital, centrando-se as alterações agora nas enfermarias de entrevados e de velhos e velhas, embriões dos lares de idosos do séc. XX. Este século também se fez sentir pelos pedidos constantes de redução de missas, para aligeirar legados que sufocavam as Misericórdias e cujo incumprimento era inevitável.

          Cf.: ARQUIVO MUNICIPAL DE PENAFIEL – Santa Casa da Misericórdia de Penafiel – Inventário do Acervo Documental. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2009, p. 24-25.

          Disponível online em: http://www.cm-penafiel.pt/…/inventarios-e-documentacao-publ….
 
Amigos do Arquivo de Penafiel
Casinha dos Vinhos
Ou
Casa do Despacho dos vinhos e almotacéis do Porto
 
             Situava-se junto ao muro da Ribeira, no Porto.
             Em 25 de maio de 1632, Álvaro Pires de Távora comprou ao Senado da Câmara do Porto, 80 mil réis de juro assentes na Casinha dos Vinhos, os quais vinculou ao seu morgado. Estes juros, assentes na Casinha dos Vinhos, foram vendidos com autorização real para ajuda de socorro aos Estados da Índia e Brasil.
Em 15 de março de 1672, a abadessa do Convento de Santa Clara, Dona Brites Baptista comprou 40 mil réis de juros, assentes na Casinha dos Vinhos, à filha de Álvaro Pires de Távora que, entretanto, os tinha desvinculado do morgado por troca com outros, podendo, a partir dessa altura, as religiosas cobrarem o dito juro.
As freiras da Santa Clara aplicaram os 40 mil réis na festa da Nossa Senhora das Neves, em missas de sua confraria e obras pias, bem como na festa do Espírito Santo e Senhora dos Paços, no Santíssimo Sacramento e para azeite de sua capela.
 
          Cf. ARQUIVO MUNICIPAL DE PENAFIEL – Inventário do acervo documental do Morgado da Aveleda. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2011, p.766.
 
          Foto antiga da Ribeira do Porto retirada do site http://www.portoantigo.org/2014/07/porto.html.
 
          Imagem pertencente ao espólio do Morgado da Aveleda, cota PT/SACQA/MA/A/AQ/B/mç.01/cd.01.

 
Amigos do Arquivo de Penafiel
Freguesia do Salvador de Paço de Sousa
1 de novembro de 1596
        Toma posse da capelania da freguesia o D. Abade Domingos Teixeira, que apresenta como Pároco Frei Mauro Ribeiro. Até 1834 a paróquia foi regida por monges beneditinos do mosteiro. Desde essa época, intitula-se oficialmente freguesia do Salvador de Paço de Sousa, por ser o Salvador (Transfiguração do Senhor, no monte Tabor), a invocação do mosteiro e da igreja monástica.
 
         Cf. MENDES, Manuel – Sumário de Datas de Paço de Sousa. Paço de Sousa: Colecções e Edições Gamuz, 1998, p.25-26
 
Amigos do Arquivo de Penafiel
Arquiconfraria do Santíssimo e Imaculado Coração de Maria
 
 
          No dia 5 de Julho de 2005, foi assinado um protocolo para tratamento e digitalização da documentação entre a Câmara Municipal de Penafiel e a Arquiconfraria, protocolo esse que visava o tratamento arquivístico do espólio. Este tratamento incluía a higienização, bem como pequenas intervenções de restauro, classificação, ordenação, descrição e digitalização do fundo documental. De acordo com alguns documentos, a Arquiconfraria teria a sua sede na Igreja do Calvário e o seu arquivo encontrava-se num armário, na sala do despacho, daquela Igreja. Em 1856, a Arquiconfraria foi transferida para a Igreja do Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição, bem como toda a sua documentação.
Aquando da incorporação para tratamento, a documentação encontrava-se num armário, na sala de reuniões da Arquiconfraria, para onde regressará devidamente condicionada.
 
           Cf.: ARQUIVO MUNICIPAL DE PENAFIEL – Arquiconfraria do Imaculado Coração de Maria. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2010, p. 9-10.
           Disponível na internet: http://www.cm-penafiel.pt/…/inventarios-e-documentacao-publ…


 
Amigos do Arquivo de Penafiel 
 Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição
 
 
          Este fundo encontra-se tratado arquivisticamente, digitalizado e disponível online na página do Arquivo Municipal em http://geadopac.cm-penafiel.pt .
Possui documentação entre 1718-1859.
 
 

O arquivo da Casa das Mouras:
Casa das Mouras
 
 
                A Casa das Mouras, cujo nome adveio de uma tradição oral que a apelidava das “Mouras” por causa da presença das mulheres da família Moura, passaria depois para as mãos de não familiares.
Não sendo diferente de outras famílias nobres que mantiveram os seus arquivos, também na Casa das Mouras foi hábito a preocupação de registar os eventos familiares para memória futura das posteriores gerações.
 
               Cf. CARDOSO, Vilma. O arquivo da Casa das Mouras. Notícias de Penafiel, Penafiel, 10 de junho. 2016. Edição n.º8. p.13.
 
Amigos do Arquivo de Penafiel
 Hino de Paço de Sousa
 
                Em abril de 1933 o Grupo dos Bons Amigos do Salvador de Paço de Sousa, divulga uma espécie de hino à localidade.
Segundo Manuel Mendes, apesar do autor da letra não estar identificado, aponta o Padre Agostinho Moreira Ferraz como autor, sendo a música da autoria de José Moreira.

I
Paço de Sousa da História
Tam cheia de evocações!
Oh!... Por ti, por tua glória
Pulsam nossos corações!
Ruja embora a tempestade
Agitando o teu matiz!
Dele recende lealdade,
O`Terra de Egas Monis!

Coro:
Nós temos na alma fremente
Esse ti,bre de nobreza
Que Monís legou à gente
Da Familia Portuguesa!

II
Não temos a tempestade                             
Nem pois a fúria do vento
Que só levam sem maldade
Fôlhas murchas sem sustento.
Não chores ramos caídos
Pela Terra enlameada
Ainda estamos nós erguidos
Não ficas abandonada

Coro:
Não temos na alma fremente
Esse timbre de nobreza
Que Monís levou à gente
Da família Portuguesa!

Paço de Sousa, 30-04-1933
O Grupo dos Bons Amigos
 
Amigos do Arquivo de Penafiel
Cenotáfio de D. Egas Moniz, o Aio - 1146

                 D. Egas Moniz, o aio, é sepultado na igreja de Santa Maria do Corporal, em mausoléu levantado, com legenda.
No seu cenotáfio está esculpido um cavaleiro com uma corda lançada ao pescoço, representado D. Egas na ida à Corte de Leão.
[Vd. Ex cursos II e III]
25 de agosto – Mendo Moniz e sua mulher Cristina Goncalves doam metade de Ordins e toda a aldeia de Lagares, com o padroado da igreja [Mem., 167-168], sendo Abade D. Egas Gomes (1146-1169).
 
                Cf. MENDES, Manuel – Sumário de Datas de Paço de Sousa. Paço de Sousa: Colecções e Edições Gamuz, 1998, p.19.
 
Amigos do Arquivo de Penafiel
O estilo Neoclássico da Igreja da Misericórdia de Penafiel
 
            O cadeirado, em situação inusual na nave da igreja, no lado da Epístola, constitui uma permanência da estética maneirista do século XVII, com elementos de transição para o barroco nacional (a parte superior é posterior, com ornamentação barroca). A Mesa diligencia, em 1688, no sentido de se executar novos assentos na igreja, para si e respetivo provedor. O entalhador Manuel Ferreira de Figueiredo, de Penafiel, executa a obra até 1689, o autor do retábulo-mor da igreja do mosteiro de Caramos (Felgueiras), em 1692, e dos retábulos mor e colaterais da igreja do mosteiro de Vila Boa do Bispo (Marco de Canaveses), no ano de 1700. Estas três obras assinalam um percurso notável, que assegura o domínio dos estilos maneirista (cadeirado) e barroco nacional (retábulos acima registados).
         
            Cf. MENESES, José Carlos. O estilo Neoclássico da Igreja da Misericórdia de Penafiel. Notícias de Penafiel, Penafiel, 29 de julho. 2016. Edição n.º13. p.11.

 
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa
 

 12 de maio de 1937

       Começa a organizar-se a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, com uma reunião na casa de Diogo Carvalho, no lugar de Assento. Da comissão Organizadora fazem parte também Albano Campos, Joaquim Madureira, Manuel Meireles da Cunha, etc.
 
       Cf. MENDES, Manuel – Sumário de Datas de Paço de Sousa. Paço de Sousa: Colecções e Edições Gamuz, 1998, p.36.

 

quinta-feira, 6 de julho de 2017

A broa e os moinhos em Penafiel

                  Um bom moinho tem que preencher os seguintes requisitos: terá que moer todo o ano e possuir duas ou mais mós, uma para milho e as restantes para trigo, centeio e outros cereais.
A água é conduzida para o moinho através de açudes e levadas, e estas têm que estar bem conservadas, por forma a resistirem a cheias e enxurradas. Um moinho é composto por: sobrado que separa os dois pisos do moinho: Rés – Chão, na parte superior, onde funciona a Moagem; Cabouco ou Inferno, na parte inferior, onde funciona o Movimento. Possui ainda estes elementos essenciais: o Pé – grande pedra redonda onde gira a mó; A Mó – pedra circular que gira e mói o grão; Moega – Peça de moinho onde se deita o grão e por onde sai pela Calha – rego feito em madeira, pedra ou metal para facilitar o curso de qualquer coisa (neste caso, o grão).

           Cf. GOMES, Cecília. A broa e os moinhos em Penafiel. Notícias de Penafiel, Penafiel, 8 de julho. 2016. Edição n.º11. p.7.
           Fotografias: Norberto Valério