segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sabia que... (Quinta de Leiria)


Sabia que…

… a família paterna de Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira, Morgados de Nossa Senhora da Vela e também Fidalgos da Casa Real desde 1741, ostentavam mesmo um brasão à entrada de uma das suas propriedades? A busca pelo brasão dos Pinto Ribeiro de Castro ocupou-nos algum tempo, pois na documentação, ainda que se revelasse a existência deste brasão, descrito na Carta de Brasão de Armas que Manuel Pinto Ribeiro de Castro tirou em 1741, não o achamos nas moradas que esta família ocupou durante a sua existência.
Como se sabe, a família paterna de Columbano, era natural do Porto, tendo seu tetravô, Belchior Ribeiro, sido mercador e morador na Rua da Fonte Taurina, na mesma cidade. A partir de seu filho, Manuel Ribeiro da Silva, a Rua das Flores passa a ser a morada da família Pinto Ribeiro de Castro, até chegar em Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira. Tendo emigrado para o Brasil, Columbano regressou e em 1835 casou com D. Efigénia Amália de Moura Torres, tendo ocupado até à data da sua morte, em 1877, a Casa das Mouras, na freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Penafiel.
Quinta de Leiria, sita na Rua de Leiria na freguesia de Alpendorada e Matos - Marco de Canaveses
Nesta casa rural, não se achou nenhum vestígio de um brasão. Procurou-se no prédio que deveriam ter ocupado na Rua das Flores, morada do seu avô Manuel Pinto Ribeiro de Castro, não se tendo sucesso. Foi-se achar então, através da leitura de emprazamentos e arrematações num dos tombos do Morgado de Nossa Senhora da Vela, que Manuel Pinto Ribeiro de Castro fez de sua residência, durante muitos anos, a Quinta de Leiria, situada na freguesia de Alpendorada e Matos, atual concelho de Marco de Canaveses. Descobriu-se ainda, que esta quinta ainda existe atualmente e que se encontra abandonada e em estado de degradação. E no portão de entrada, acha-se… o brasão dos Pinto Ribeiro e Castro!
Brasão de Armas presenta na parte superior do portão de entrada da Quinta de Leiria
Relembrando a descrição deste brasão, era, segundo a documentação, esquartelado, tendo no primeiro quartel as armas dos Guerra, “que são em campo de prata os sinco escudetes do reino com a diferença que os dous da manga hão de estar deitados com as pontas para o do meio em cada hum nove vezantes de prata…”; no segundo quartel estavam presentes as armas dos Pinto, também em campo de prata com “cinco crescentes sanquinos em sautor”; o terceiro quartel era composto pelas armas dos Ribeiro, com escudo liso em campo de ouro e três faixas verdes; e por fim o quarto quartel continha as armas dos Castro, “em campo de prata, seis aruelas azuis em duas palas”.
Carta de Arrematação da Quinta de Leiria em 1729 - PT/AMPNF/CMOU/MV/013/0061

Foi esta quinta adquirida por Manuel Pinto Ribeiro Libório, no ano de 1729, através de uma arrematação no valor de quatro mil cruzados e cento e vinte mil réis. Mas só se tornou brasonada a partir de 1741, com a entrada de seu filho, Manuel Pinto Ribeiro de Castro, na nobreza. Entre este ano e até cerca de 1783, data da morte deste último, a família comprou diversas terras envolventes à Quinta de Leiria, nomeadamente nos lugares de Santa Sabina e da Caxorela, sitos na mesma freguesia de Alpendorada. Em 1772, é feita uma avaliação a esta mesma quinta, no valor de seiscentos e noventa mil réis, com todos os seus bens de raiz, incluindo pomares, olivais, tapados e leirinhas.
Casa nobre da Quinta de Leiria
Tendo o século XVIII sido o período áureo da presença dos Pinto Ribeiro de Castro na Quinta de Leiria, em 1820 os seus bens chegam a ser arrematados por Manuel Pinto Monteiro, ação que ficou sem efeito por este se encontrar falido, movendo-lhe um auto de embargo Francisco Megre Bastier, procurador de Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira, à data menor de idade. Tendo herdado a quinta vinculada ao Morgado de Nossa Senhora da Vela, não temos porém, registo de que esta casa nobre fosse muito utilizada como morada por parte de Columbano, tendo passado a sua vida desde que casou em 1835, até à data da sua morte, a 24 de Novembro de 1877, a residir na Casa das Mouras em Rio de Moinhos, ou nas casas que detinha na cidade do Porto, na Rua das Flores e na Rua do Bomjardim.
Detalhes da entrada da casa nobre da Quinta de Leiria
Em 1867, Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira dá a Quinta de Leiria ao seu filho mais velho, também Columbano, aquando do seu casamento com D. Ana Adelaide Guedes Nobre Mourão, para que este ficasse com a administração do rendimento da quinta, ficando seus pais com o direito de cortar e vender esta. Quando Columbano morre em 1877, cabe em testamento e inventário, toda a Quinta de Leiria a este primogénito, ficando a viúva D. Efigénia Amália Torres de Castro, com o seu usufruto.

Não se sabe mais sobre esta quinta, tendo provavelmente ficado na posse do filho varonil de Columbano até à data da sua morte, em 1891, no Porto. Atualmente, encontra-se em avançado estado de degradação, delimitada por muros e cercas, não deixando porém de ostentar a beleza que a marcava.
Elaborado por Vilma Cardoso
(Fonte: PT/AMPNF/CMOU – Arquivo da Casa das Mouras. Disponível online: http://geadopac.cm-penafiel.pt/ )










quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Sabia que... (Capela de Santo António o Velho)

Sabia que...

A capela de Santo António Velho, que hoje já não existe, esteve ereta no lugar onde se encontra a actual Igreja de Nossa Senhora do Carmo.
Não se sabe a época em que foi criado, sabemos contudo, que no século XVIII se encontrava um pouco danificada e que desta forma, foram feitas várias obras. Em 1747, o Padre Manuel Pinto de Sousa, da Quinta de Chelo fez contrato por escritura com os administradores da Real Casa da Misericórdia de Penafiel para lhe mandarem dizer na capela, ...nos dias Santos e Domingos, pela esmola de 120 réis, várias missas. Assim, a Santa Casa deveria pagar à fábrica da capela, anualmente, 6.400 réis para serem entregues ao Juiz do dito Santo para o gastarem, na capela.
 Auto de Inventário e entrega dos bens e trastes da Capela de Santo António Velho - PT/VOTC/CSAV/01/lv01
Sabemos que em 1782 já não se fazia a eleição de Juiz e Procurador da capela, apesar da Santa Casa continuar a querer nomear o capelão, mas também, há vários anos não existia sacerdote que, pela dita esmola fosse sujeitar-se a satisfazer na capela as missas. Desta forma, a Misericórdia viu-se com o problema de não ter a quem entregar os 6.400 réis para a fábrica, nem quem cuidasse e reparasse a dita capela.

 Eleição de novos Oficiais - PT/VOTC/CSAV/doc01
Em 29 de julho de 1798 foi nomeado António José da Fonseca, da rua da calçada, para administrador da capela e imagens de Santo António, com o objectivo de governar, administrar e zelar pelas esmolas do santo, assim como todos os arrendamentos, alfaias, capela e seu património.
Ao longo do final do século XVIII foram-se realizando, várias obras, nada fazendo prever que esta fosse demolida para se construir uma nova igreja.

Inventário do acervo documental
Em 1774, o juiz, mordomos e procurador de Santo António Velho fazem requerimento para reedificarem a sua capela, levantando-as e acrescentando-a na parede e que tal se faria recorrendo ao dinheiro da Misericórdia, sendo concedida a licença par as obras.
No ano de 1786 foram feitas várias obras, no altar colateral da parte da sacristia, nas escadas e no douramento do nicho de N.ª Sr.ª do Carmo.

Elaborado por Sofia Fernandes

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Sabia que... (António Justino Moreira da Silva)

Sabia que...

ANTÓNIO JUSTINO MOREIRA DA SILVA
Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, por 72 dias
Uma das Atas de reunião de Câmara presididas por António Justino Moreira da Silva
... Parece ser um mandato curto da história dos Presidentes da Câmara Municipal de Penafiel, mas não é por exemplo comparado com os 24 dias de António Maria Borroso Pereira.
Figura em 13.º Lugar, isto se não contarmos com os Presidentes da Câmara no "tempo de Arrifana do Sousa" que subiria para o honroso 16.º lugar na tabela.
Presidiu do dia 2 de janeiro de 1883 e foi deposto a 15 de março do mesmo ano.
Mas afinal quem foi este digníssimo autarca cá da nossa terra?
Chamava-se António Justino Moreira da Silva, proprietário e morador na casa de Carrazedo, na freguesia de Novelas.
Foi o primeiro e único Presidente da Câmara Novelense.

Texto elaborado por Joaquim Pinto Mendes

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

ArquiJovem: Duende Nuno

Conhece as nossas mascotes...


DUENDE NUNO




É o “Protector do Depósito”.

Mascote que surgiu com base na Lenda de Penafiel, na personagem “Nuno”, filho de Mumadona Dias e Dom Hermenegildo. Após a morte de seu pai, prometeu proteger a sua família. Aqui, protege o depósito onde estão guardadas as memórias.













sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sabia que... (José Anastácio da Silva da Fonseca)

Sabia que...

José Anastácio da Silva da Fonseca
... José Anastácio da Silva da Fonseca era filho de Manuel Pedro da Silva da Fonseca, senhor e morgado da casa de Alcobaça e cavaleiro da Casa Real e de sua esposa, D. Antónia Rita de Bourbon, descendente dos condes de Avintes e dos Condes dos ...Arcos. Tinha 6 irmãos: Francisco Manuel da Silva da Fonseca, Silvério da Silva da Fonseca, Pedro da Silva da Fonseca, D. Maria da Piedade de Almeida Bourbon, D. Joana Rita Xavier de Bourbon e D. Ana Rita Xavier de Bourbon.
Nasceu a 2 de março de 1765 e foi baptizado por seu avô, o reverendo Padre Silvério da Silva da Fonseca, no dia 19 março, tendo sido seu padrinho, o reverendo Dr. Gaspar José da Silva da Fonseca, prior da Igreja de Alvarinhas.


 Carta de mercê a José Anastácio da Silva da Fonseca do foro de Fidalgo - PT/SACQA/MA/C/M/BFL01
Em 27 de maio de 1795, por carta patente de D. Maria, foi nomeado Tenente da 7.ª companhia do 2.º regimento de Infantaria do Porto.
Por carta de mercê da Rainha, a 30 de setembro de 1798, José Anastácio recebeu foro de fidalgo com 1600 réis de moradia por mês e um alqueire de cevada por dia, mercê que já pertencia a seu pai. Já em fevereiro desse ano tinha sido elevado ao cargo de Tenente de Granadeiros do Regimento de Infantaria do Porto com 15 mil réis de soldo mensal. Pensamos que teria casado com D. Joana Felizarda de Meireles Guedes de Carvalho, 5.ª morgada da Aveleda, no ano de 1800.
Em 20 de dezembro de 1803, foi nomeado por alvará real, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e armado cavaleiro na Sé Catedral do Porto, em 9 de abril de 1804 pelo tio de sua esposa, Frei Brás de Abreu Aranha e Araújo.


 Carta de mercê a José Anastácio da Silva da Fonseca do foro de Fidalgo - PT/SACQA/MA/C/M/FL02
A 16 de janeiro de 1810 foi reformado em Coronel do Regimento de Milícias de Penafiel e a 3 de dezembro de 1823, foi-lhe feita mercê do tratamento de Senhoria com todas as honras e prerrogativas de moço fidalgo com exercício na Casa Real.


Elaborado por Sofia Fernandes


http://geadopac.cm-penafiel.pt/
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Sabia que... (Sociedade Mercantil Freitas e Neves)


Sabia que...
... A Sociedade Mercantil Freitas e Neves era uma empresa cujo comércio principal consistia em fazendas de lã e seda e, por uma fábrica, em que se manufaturavam obras de seda, ouro e prata.
No que se refere à sua localização tudo nos indica que seria no Porto.
 Carta recebida por Domingos José de Freitas Guimarães, enviada por José Carneiro - PT/SACQA/SMFN/bfl01
Esta sociedade iniciou-se a 1 de abril de 1810 e findou com a morte de José Maria das Neves, em 7 de fevereiro de 1836. O sócio sobrevivente da Freitas & Neves era Domingos José de Freitas Guimarães. Quando a empresa faliu Jerónimo Carneiro Geraldes foi nomeado administrador da massa falida.
Por sentença de tribunal, D. Joana de Meireles Guedes da casa e quinta da Aveleda foi considerada credora privilegiada.


 Livro de faturas - PT/SACQA/SMFN/lv04


Elaborado por Sofia Fernandes

http://geadopac.cm-penafiel.pt/ Ver mais

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Sabia que... (protocolo e disponibilização online)

Sabia que...
A Sociedade Agrícola e Comercial Quinta da Aveleda detém todo o espólio documental desde a fundação do morgado da Aveleda, quer a nível da gestão patrimonial e financeiro deste morgadio, quer ao longo de cerca de 4 séculos no...s quais foi aumentando e expandindo, quer ao nível de documentos pessoais dos vários membros da família, que foram tendo relevância e quer ao nível local, regional e mesmo nacional pelos cargos políticos que foram assumindo.
Em 26 de maio de 2008, a Sociedade Agrícola e Comercial Quinta da Aveleda assinou um protocolo com a Câmara Municipal de Penafiel, para tratamento e digitalização do fundo da quinta.
Este protocolo insere-se num conjunto de protocolos quer a Câmara Municipal de Penafiel, através do seu Arquivo Municipal, tem elaborado com juntas de freguesia, famílias e outras instituições, nomeadamente confrarias e irmandades visando proteger e tratar estes espólios.
Este protocolo teve como objetivo a limpeza, desinfestação, pequenas intervenções de restauro, classificação, ordenação e descrição consoante as normas ISAD (G) e ISAAR (CPF).
Finalizado este tratamento, os documentos em suporte papel ou pergaminho retornaram aos primeiros outorgantes, ficando os documentos eletrónicos, resultados da digitalização do fundo, pertença da Câmara Municipal de Penafiel. Devido às grandes dimensões deste fundo, a Câmara candidatou-se, em 2010, a um programa de apoio à recuperação, tratamento e organização de arquivos documentais, da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo sido beneficiada com um subsídio para apoio à concretização do projeto de inventariação, tratamento e digitalização.


Elaborado por Sofia Fernandes


http://geadopac.cm-penafiel.pt/ (Ver Morgado da Aveleda)



terça-feira, 16 de setembro de 2014

ArquiJovem: Fada Ariana


Conhece as nossas mascotes...


FADA ARIANA
É a “Protectora do Arquivo”....

A mascote baseia-se na lenda de Penafiel, na personagem “Arriana”, filha de Mumadona Dias e Dom Hermenegildo.
Dom Mendo de Sousa apaixonou-se por ela, mas nunca foi correspondido.
Do nome dela, segundo a lenda, deriva o nome “Arrifana de Sousa”.



Retificação: Workshop Genealogia

Informamos que as inscrições para este workshop foram prolongadas até dia 24 de Setembro.... Inscreva-se!!!



Sabia que... (protocolo e disponibilização online)

Sabia que…

GeAD OPAC - Fundo da Casa das Mouras
… tendo sido assinado o protocolo de depósito e transferido para o Arquivo Municipal de Penafiel, no ano de 2004, o espólio documental da Casa das Mouras, ao nível de arquivo, só foi alvo de um estudo histórico e arquivístico em... 2013. O estudo da família que o produziu e respetiva organização arquivística, foi elaborado entre Novembro de 2012 e Abril de 2013, inserido num estágio do Mestrado em História e Património – Ramo Arquivos Históricos, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Deste trabalho nasceu a dissertação de mestrado da autoria da Dra. Vilma Cardoso, intitulado “O Arquivo da Casa das Mouras – estudo orgânico e sua representação através do modelo sistémico”.
Nos últimos meses, tem sido feito um esforço pelo Arquivo Municipal de Penafiel para que todo este arquivo esteja disponível online através da base GeAD OPAC, sendo finalmente possível consultá-lo através do endereço: http://geadopac.cm-penafiel.pt/#/SearchAdv

Até ao final do ano, contamos que este acervo documental comece a ser digitalizado, contribuindo para um maior acesso à informação deste arquivo por parte dos utilizadores.

Elaborado por Vilma Cardoso

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

No Arquivo com...(D. João de Noronha e Osório)

No Arquivo com...
No dia 20 de Setembro, pelas 16.30 horas, no Arquivo Municipal de Penafiel, será levado a efeito o lançamento do livro de D. João de Noronha e Osório, intitulado O Morgadio e a Capela de Nossa Senhora da Esperança nos Claustros da Sé do Porto. De seguida, será proferida uma conferência, pelo mesmo autor, denominada As família Couros Carneiro e os Garcês, de Penafiel, na administração do Morgadio e a Capela de Nossa Senhora da Esperança nos Claustros da Sé do Porto.
Apesar deste livro tratar da capela de Nossa Senhora da Esperança, sita na Sé do Porto, relaciona-se com a história de várias famílias da cidade de Penafiel e, dessa forma, com a própria história da cidade, uma vez que foram administradores desta capela os Garcês de Penafiel e os Couros Carneiro, da Quinta do Cabo, em Valpedre.


D. João de Noronha e Osório faz, assim, uma análise genealógica desde João Garcês, cavaleiro d’El Rei, passando por José Cardoso Pinto Madureira Garcês, capitão-mor de Penafiel e cavaleiro fidalgo da Casa Real, mencionando as armas que constam do brasão que ainda hoje existe, na casa dos Garcês, na Rua Direita, em Penafiel. Também interessante, a ligação por matrimónio entre Antão Garcês e Beatriz Correia, filha do nosso conhecido João Correia, escudeiro d’El Rei e rico mercador de Arrifana de Sousa, bem como, de toda a sua geração.
A história desta família Garcês, para além de estar ligada à capela de Nossa Senhora da Esperança, no Porto, está, também, ligada à história de Arrifana de Sousa e, mais tarde, Penafiel, uma vez que, para além de serem proprietários da referida casa, sita na Rua Direita, estão também ligados à capela do Senhor dos Passos, na igreja Matriz, à Quinta da Herdade, em Abragão, à Quinta da Torre, em Boelhe, à Quinta do Cabo, em Valpedre e à Quinta de Segade e Quinta de Agilde, ambas em Bustelo. Foi, igualmente, relevante o papel que esta família assumiu na Misericórdia de Arrifana de Sousa, tanto como irmãos de primeira condição, como em cargos de direção, estando muitos destes elementos sepultados na Igreja Matriz de Arrifana.
No que se refere aos Couros Carneiro, de salientar a descendência de Rui de Couros, casado em segundas núpcias com Maria Barbosa, filha de João Barbosa, senhor da Honra de Estromil e da Quinta das Quintãs, em Arrifana de Sousa, que esta herdou.
Estes Couros Carneiro estiveram, também, ligados à Quinta de Canas, em Santo Adrião de Canas, em Penafiel. A capela dos Santos Passos, na Matriz, fundada por João Correia foi depois administrada pelos Couros Carneiro, estando vários membros desta família lá sepultados, nomeadamente, Catarina de Couros Carneiro, casada com Manuel da Rocha, filho de Belchior da Rocha Rangel.
Esta família esteve, também, ligada à Quinta de Santiago de Arrifana, à Quinta do Cabo, em Valpedre, à Quinta da Quintela, em Guilhufe, à Quinta de São Miguel, em Urrô, Quinta das Quintãs, em Valpedre, quinta da Granja, em Lagares e quinta da Torre, em Boelhe. Esteve, igualmente, ligada à Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, bem como, à confraria do Santíssimo Sacramento, tendo vários dos seus membros exercido o cargo de escrivão dos órfãos, do concelho de Penafiel.
Como pode ver, boas razões para estar connosco no próximo dia 20 de setembro

Workshop (Página de Facebook)

Divulga com os teus amigos e familiares que não tenham facebook.....



Workshop (Genealogia)

A Associação dos Amigos do Arquivo vai levar a efeito mais um Workshop, desta vez dedicado à genealogia. Este workshop pretende dotar os participantes de conhecimentos que lhes permitam iniciar a sua árvore de família.


Programa



Ficha de inscrição

No Arquivo com...(Eng.Gaspar Meneses)

No Arquivo Com...

Vieiras, da Casa e Quinta da Conca.

Na região do actual concelho de Penafiel existiram várias famílias que se destacaram das demais, que devido ao seu passado histórico, no contributo da afirmação da nacionalidade, aos cargos destacados que ocuparam ao longo dos séculos nas mais diversas instituições locais e nacionais, merecem ser recordadas pelos exemplos que deixaram de modo a impedir que o tempo as renegue para o esquecimento.



A família mais antiga existente em Penafiel é sem dúvida a dos Barbosas, da Honra de Barbosa, cuja história se perde no tempo. Julga-se existente antes do início da Fundação do Condado Portucalense. 
Além dos Barbosas e de outras destacam-se os Vieiras, da Casa e Quinta da Conca, em Entre-os-Rios, com registos de meados do século XV. Mantiveram esta propriedade até finais do século XVII, que por disposição testamentária saiu da posse da família.
Ficaram conhecidos como Vieiras da Conca. Raramente habitaram esta propriedade pois administravam o Morgadio e Capela de Nossa Senhora do Loreto, no Mosteiro de São Domingos, do Porto e pelas regras de sua instituição estavam impedidos de “morar” fora desta cidade.
Afirmam os nobiliários que esta família era proveniente de Vieira do Minho, tendo Rui Vieira, “honrado fidalgo” como antepassado mais antigo, registando a sua existência no tempo dos Reis Dom Afonso II e Dom Sancho II. Posteriormente deslocam-se para Guimarães e daqui para o Porto, onde por casamento vêm a deter a administração do referido morgadio.
Nestes Vieiras, da Conca, segundo os nobiliários encontrava-se a chefia de linhagem desta família, sendo considerada no tempo do Rei Dom Manuel I como fazendo parte das principais de Portugal, tendo as suas armas no conhecido tecto da Sala dos Brasões do Paço Real de Sintra. 
Suportado em fonte documental primária encontra-se descrita a referência a Álvaro Vieira Dinis e sua mulher Catarina Fernandes Baião, senhores da Quinta da Conca, na primeira metade do século XVI. Num processo de habilitação a Familiar do Tribunal do Santo Ofício, de 1710, de um seu descendente, é reconhecido que Álvaro Vieira Dinis “era o Chefe da Familia Vieyra donde procedem todos os Vieyras verdadeiros deste Reyno”.
Na palestra apresentada no Arquivo Municipal de Penafiel no dia 12 de Fevereiro descreveu-se a descendência deste casal e sucessão nas suas propriedades e vínculos, com todas as vicissitudes inerentes até meados do século XIX. Com referência a vários membros desta família, terminando no Padre Joaquim de Magalhães e Menezes, nascido em São Martinho de Arrifana do Sousa em 11 de Agosto de 1.823, que foi fundador e primeiro Director do Colégio de Nossa Senhora do Carmo, de Penafiel, considerado um notável estabelecimento de ensino em toda o Vale do Sousa e arredores durante quase 100 anos.

Perafita, 14 de Abril de 2.014,
Gaspar Menezes

Evento: Noite Branca - 2014

Noite Branca

Teve lugar no dia 5 de Julho de 2014, na cidade de Penafiel, o evento Noite Branca do qual a Associação de Amigos do Arquivo de Penafiel, não quis ficar ausente. Através de uma barraquinha com comes e bebes, os Amigos do Arquivo conseguiram arrecadar fundos para as nossas atividades. Um obrigado a todos que colaboraram na realização deste evento e a todos que visitaram a nossa barraquinha da Noite Branca!


















No Arquivo com...(Dra. Vilma Cardoso)

“No Arquivo Com…”

1 março 2014

“Estratégias de ascensão social e perpetuação da memória: O arquivo da Casa das Mouras”

Por Vilma Joana Cardoso





A presente comunicação vem no seguimento do projeto que foi desenvolvido no Mestrado de História e Património, ramo Arquivos Históricos, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e cujo trabalho se alicerçou no estudo orgânico, organização e descrição da documentação do arquivo de família denominado Arquivo da Casa das Mouras, o qual se encontra depositado no Arquivo Municipal de Penafiel.
Inserido num concelho onde abundam casas solares, o AMPNF apresentou-se como a primeira escolha de Vilma Cardoso para um estágio inserido no mestrado, onde durante o seu período procedeu ao estudo da história desta família da Casa das Mouras e reconstrução da sua genealogia, organizando o arquivo posteriormente e, através da sua descrição, elaborou o catálogo do seu acervo, indispensável para o acesso aos futuros utilizadores e investigadores.
Situada na Avenida das Cans, em pleno centro da vila de Rio de Moinhos, concelho de Penafiel, a Casa das Mouras, cujo nome advém de uma tradição oral, teve como família original proprietária, os Moura e Castro, que, até 1835, produziram pouca informação dentro do arquivo. Nesse mesmo ano, haveria a casa de testemunhar a união de Dona Efigénia Amália de Moura Torres com Columbano Pinto Ribeiro de Castro Portugal da Silveira, natural do Porto, fidalgo real e morgado de Nossa Senhora da Vela. Com ele veio toda a documentação do morgadio que herdara, incluindo documentação dos seus antepassados paternos, de sua mãe e de seu padrasto. Até ao ano da sua morte, foi o produtor mais importante da Casa das Mouras, tendo ainda ocupado, profissionalmente, vários cargos políticos no concelho de Penafiel.
Numa casa onde não se poderia dizer à primeira vista, a importância da documentação que guardava, Vila Cardoso acabou por se deparar com duas famílias que se uniram, onde as estratégias de ascensão social e memória estiveram sempre presentes. De mercadores e proprietários a fidalgos da casa real, a família de Columbano viria a ser um reflexo da alteração destas estratégias, desempenhando cargos políticos, inserindo-se na “nobreza de toga” do século XIX, mas sem deixar de lado a importância da terra como fonte principal de riqueza e, sobretudo, da perpetuação de memória familiar que Columbano sempre privilegiou.

Arquivo com...(Dra. Sónia Duarte)


Fontes Para o Estudo da Música na Cidade de Penafiel:

Iconografia, Paleografia e Organologia
Sónia Duarte
Penafiel, 30 de Novembro de 2013





As peças levantadas, inventariadas e alvo de estudo musicológico durante o Estágio Pejene, no Arquivo Municipal, e disseminadas na conferência Fontes Para o Estudo da Música na Cidade de Penafiel: Iconografia, Paleografia e Organologia permitem-me inferir a existência de uma vida musical profícua na cidade de Penafiel. Na Igreja do Recolhimento das Freiras de Nossa Senhora da Conceição há um órgão positivo e outro de tubos; na Igreja de S. Martinho de Penafiel, classificada de património nacional, um esquecido órgão de tubos; na Igreja da Ordem Terceira do Carmo um órgão de tubos, vários maços de partituras avulsas para banda de música, orquestra e coro, e um coreto; na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda um órgão da oficina de Jérôme Thibouville-Lamy e um estuque com iconografia musical; na Igreja da Misericórdia um órgão de tubos com percussão lá dentro e vários livros de música; na Igreja do convento de Santo António dos Capuchos um órgão de tubos; na Igreja Terceira de S. Francisco um órgão de tubos; no Jardim do Calvário, outro coreto; no Arquivo Municipal um pergaminho do século XVI com notação musical (fragmento de um Gradual) que serve de capa a um livro de celeiro proveniente da Casa do Poço; na Quinta da Aveleda um órgão e compilação de excertos de ópera manuscritos; na Casa das Mouras compilações de partituras várias. Os dois órgãos esquecidos do Recolhimento mas sobreviventes à voragem do tempo foram alvo de limpeza, remoção de poeiras, desinfestação e de colocação dos tubos apeados que vieram conferir-lhes dignidade. De salientar que carecem estes dois, tal como todos os outros órgãos enumerados, de um cuidadoso e urgente restauro. Carece também continuar o levantamento de livros de música e disseminar o que já foi inventariado.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

No Arquivo com...(Lúcia Chaves Cardoso)

No Arquivo com...




Arquivo Com...(Dr. António do Fundo)

Arquivo com...

 Administração do Concelho


Iniciativas: Concurso de Fotografia III

Concurso de Fotografia
Casas Antigas do concelho de Penafiel

Está a decorrer entre os dias 8 e 30 de Setembro de 2014, o terceiro concurso de fotografia organizado pelos Amigos do Arquivo de Penafiel, cujo tema incide sobre "Casas Antigas do concelho de Penafiel". Para votar na fotografia da sua preferência, basta dar um Gosto na respetiva fotografia na nossa página do facebook: Casas Antigas do concelho de Penafiel

Concurso "Casas Antigas do concelho de Penafiel"

Iniciativas: Concurso de Fotografia II

Concurso de Fotografia
Pelo concelho de Penafiel em busca de capelas e ermidas

Teve lugar entre os dias 1 e 6 de Julho de 2014, o segundo concurso de fotografia organizado pelos Amigos do Arquivo, com o tema: Pelo concelho de Penafiel em busca de capelas e ermidas.

Concurso "Pelo concelho de Penafiel em busca de capelas e ermidas"




A foto vencedora que recolheu o maior número de gostos no Facebook dos Amigos do Arquivo, é da autoria de Cecília Santos. Pode ainda ver as restantes fotos a concurso na página do nosso facebook: Pelo concelho de Penafiel em busca de capelas e ermidas
Capela da Nossa Senhora da Cividade-Eja

No Arquivo com... (Dr.ª Susana Oliveira)

No Arquivo com...


A Gestão da Informação nas Autarquias



Iniciativas: Concurso de Fotografia I

Concurso de Fotografia
Música na Imagem: representações musicais no concelho de Penafiel

Teve lugar entre os dias 1 e 9 de Maio de 2014, o primeiro concurso de fotografia organizado pelos Amigos do Arquivo, com o tema: Música na Imagem, representações musicais no concelho de Penafiel.

Concurso de Fotografia Música na Imagem

A foto vencedora que recolheu o maior número de gostos no Facebook dos Amigos do Arquivo, é da autoria de Luciana Cunha. Pode ainda ver as restantes fotos a concurso na página do nosso facebook: Música na Imagem - concurso de fotografia



No Arquivo com... (Dr.ª Maria José Santos)


No Arquivo Com...


"Em torno dos castelos de Penafiel"



No Arquivo com...(Helena Bernardo)


No Arquivo com...

Helena Bernardo, licenciada em História, variante Arqueologia (1997-2002), pós-graduada em Museologia (2002-2003) possui um mestrado em Arqueologia (2009-2012) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Do lugar de Arrifana de Sousa à cidade de Penafiel. Urbanismo e arquitetura (séculos XVI a XVIII) -, com orientação da Professora Doutora Teresa Soeiro. Entre 2005 e 2007, enquanto arqueóloga do Gabinete Técnico Local da Câmara Municipal de Penafiel, realiza o estudo do Centro Histórico da Cidade com vista à elaboração do respetivo Plano de Pormenor. Pertence ao grupo de investigadores do CITCEM - Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória e desde 2009 que exerce funções de Técnica Superior – Conservadora no Museu Municipal de Penafiel/ Câmara Municipal de Penafiel.
Na sequência de No Arquivo com…, honrou-nos com a conferência A paisagem urbana da vila de Arrifana de Sousa em meados do século XVIII, que se passa a resumir.
O estatuto de vila atribuído ao lugar de Arrifana de Sousa em 1741, com jurisdição separada da cidade do Porto, de que dependia desde 1384, permitiu à administração local orientar o processo de relançamento do imposto da décima em 1762, motivado pela denominada guerra fantástica que se traduziu na invasão da fronteira portuguesa pelo exército franco-espanhol, taxa que foi aplicada em todo o país. Para a aplicação deste imposto, cujos dividendos serviriam para financiar o exército, foi necessário proceder ao levantamento de todas as propriedades, as quais, no espaço arruado da vila, correspondem a habitações e quintais. As informações foram vertidas no Livro do Arruamento de 1762, hoje depositado no Arquivo Municipal de Penafiel. Arruamentos, edifícios, habitantes e respectivas profissões são alguns dos aspectos da paisagem urbana que podemos entrever através da análise desta fonte. Assim, o burgo de Arrifana de Sousa tinha nessa data 472 casas, 77% das quais com rés-do-chão e primeiro andar e apenas cinco possuíam dois andares, na sua maioria telhadas, embora existissem algumas com cobertura de colmo. Viviam neste espaço 47 ferreiros e 39 padres, mas também 19 sapateiros, 18 vendeiros, 14 jornaleiros, 14 alfaiates e toda a sorte de profissões, num total de 54 distintas, em que se destacam os ofícios mecânicos. Entre as classes nobilitadas encontrámos referências às famílias Soares Barbosa, Garcez, Pereira do Lago e Machado Coelho. Os moradores do burgo possuíam também propriedades na zona rural da vila (Puços, Cavalum, Chelo, Beco, Casal Garcia, Aperrela, Alamela, entre outros) cujas culturas, nomeadamente do centeio, trigo, vinho e azeite, completavam a sua economia doméstica, dados que foram vertidos no Livro do lançamento da décima de 1763.



O debate foi muito animado porque muitos dos presentes conheciam, ou queriam perceber, as memórias do centro histórico. Um contributo excelente para a história do centro histórico de Penafiel, no momento em que decorrem obras de requalificação, o que sobrevalorizou a intervenção da Dr.ª Helena Bernardo.

Sabia que...(Casa do Choupelo)

Sabia que…

José de Azevedo e Sousa, fundador do Morgado de Paço de Sousa atual Casa da Companhia, erigiu em Vila Nova de Gaia, o chamado, atualmente, Solar do Choupelo.
Na documentação à guarda do Arquivo Municipal de Penafiel, existe um tombo dedicado exclusivamente a esta propriedade, chamada na altura somente como Casa do Choupelo.


Solar do Choupelo - Foto gentilmente cedida pelo Sr. António Conde

Foi no ano de 1760 que começou a sua construção e em anos anteriores temos as compras que José de Azevedo e Sousa fez destas propriedades. Foi lá que ele viveu, até à data de sua morte a 3 de dezembro de 1788.
Depois da sua morte, foi elaborado um inventário dos seus bens, e no Arquivo Municipal, podemos verificar a riqueza de bens que existiam naquela casa, como pratas, quadros (alguns estão actualmente na Casa da Companhia), móveis, roupa branca e um inventário da Capela e seus santos, onde estará possivelmente estará José de Azevedo e Sousa sepultado.

Elaborado por Cecília Gomes 

Sabia que...(Joana Felizarda)

Sabia que…

D.ª Joana Felizarda Delfina de Abreu Aranha e Araújo era filha de Brás de Abreu Guimarães e de D.ª Joana do Nascimento de Araújo Aranha. Pela análise dos documentos existentes no fundo arquivístico do Morgado da Aveleda, tudo indica que descendem de uma burguesia endinheirada que começou a investir seus cabedais em terra, tentando depois, nobilitar-se. D.ª Joana tinha mais três irmãos: Bento de Abreu Aranha, João de Abreu Aranha e Araújo e Brás de Abreu Aranha e Araújo.
Joana viveu na casa de seus pais, na Rua Chã, no Porto, e depois na Quinta da Lavandeira, junto ao Poço das Patas, também no Porto.



Sentença de dispensa matrimonial de Manuel de Meireles Guedes de Carvalho e Joana Felizarda por serem parentes em 3.º grau de consanguinidade


Sabemos que em 1765, Joana já se encontrava casada com Manuel de Meireles Guedes de Carvalho, 4.º morgado da Quinta da Aveleda e fidalgo da Casa Real.
Para o casamento trouxe um dote avultado e rico, essencialmente composto por enxoval, móveis e peças de ourivesaria. As casas da rua do Poço das Patas vieram para a Aveleda, por seu dote e foi lá que o casal residiu.
Esta senhora devia ter falecido de complicações derivadas do parto de sua única filha, pois esta nasceu a 16 de janeiro de 1774 e o inventário feito pelo seu falecimento é de 21 de março de 1774.
D.ª Joana Felizarda não fez testamento e foi sepultada na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no Porto

Elaborado por Sofia Fernandes

http://geadopac.cm-penafiel.pt/ (Morgado da Aveleda)

Sabia que...(D.ª Joana Isabel Maria da Câmara)

Sabia que...

D.ª Joana Isabel Maria da Câmara, filho de D. Manuel Maria Gonçalves Zarco da Câmara e de D.ª Maria Teresa José de Jesus de Melo e irmã da Condessa de Pangim. Nasceu a 29 de Junho de 1820 e foi baptizada no oratório do Palácio da residência de seu avô paterno, o Marquês de Sabugosa, pelo Reverendo Padre Francisco José Correia, pregador régio em 2 de Julho desse ano. Foi padrinho, o Conde de S. Paio e D.ª Joana da Câmara, tia paterna da baptizada.
A 13 de Abril de 1832, com 11 anos de idade, foi nomeada, pelo mordomo-mor do Rei, Dona do Paço. Em 1872 encontrava-se com sua irmã D.ª Francisca, recolhida no Real Mosteiro da Encarnação, em Lisboa. Nesta altura habilitaram-se as duas como únicas herdeiras à herança do 1.º Conde do Cartaxo, seu tio materno, José António de Melo. D.ª Joana faleceu em 14 de Janeiro de 1884, com 63 anos de idade.



Elaborado por Sofia Fernandes


Ver: http://geadopac.cm-penafiel.pt/ (Morgado da Aveleda)

Sabia que...(Bento de Abreu Aranha)

Sabia que…

Bento de Abreu Aranha, filho de Brás de Abreu Guimarães e de D.ª Joana do Nascimento de Araújo Aranha, natural da cidade do Porto. Irmão de Brás Abreu de Araújo Aranha, de Joana Felizarda Delfina de Abreu de Araújo Aranha e de João de Abreu Aranha e Araújo. Cursou na Universidade de Coimbra, em Direito Canónico e Civil e fez-se bacharel em 1756, tendo anteriormente obtido ordens menores.




Elaborado por Sofia Fernandes

Ver: http://geadopac.cm-penafiel.pt/ (Morgado da Aveleda)

Sabia que...(Brás de Abreu Guimarães)

Sabia que..
Brás de Abreu Guimarães, pai de D. Joana Felizarda Delfina de Abreu Aranha foi casado com D. Joana do Nascimento de Araújo Aranha.
Brás de Abreu Guimarães, foi escudeiro do número da cidade do Porto. Em 16 de Junho de 1764, obteve alvará para ser armado cavaleiro professo da Ordem de Cristo. Foi deputado da Junta da Companhia Geral do Alto Douro, bem como procurador de El-Rei para o administrar e arrecadar as rendas da cidade do Porto, em 1768. Este homem foi ainda administrador da Casa de Abrantes e Fontes que possuía D. João e que deixou por herança à Sereníssima Casa do Infante. Esta administração continuou nas mãos de seu filho, Brás de Abreu Aranha e Araújo. Foi também comerciante, tendo emprestado muito dinheiro a juros.

Alvará da Ordem de Cristo dado a Brás de Abreu Guimarães.



Elaborado por Sofia Fernandes

Ver: http://geadopac.cm-penafiel.pt/ (Morgado da Aveleda
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Sabia que...(Finanças da Cidade)

Sabia que...

As reformas levadas a cabo pelo regime liberal a partir de Évora Monte (1834) tiveram consequências ao nível das finanças locais e, concomitantemente, ressonância numa escala micro, o palco local - Penafiel. Contudo, não se pode divorciar esta questão do próprio alargamento da base geográfica de tributação. Efectivamente, o Liberalismo impôs uma máquina administrativa mais pesada aos municípios e as alterações introduzidas no mapa concelhio afectaram os recursos da Câmara de Penafiel pelas receitas mas igualmente pelas despesas, num equilíbrio bem difícil de conseguir.
Os quantitativos, tanto do lado das receitas como das despesas, sofreram aumentos consideráveis a partir de 1836 e os montantes arrecadados e despendidos pelo órgão de gestão concelhio permitiram fazer face a um conjunto de novos encargos, surgidos na sequência de uma maior diversificação de atribuições às câmaras municipais pela política liberal.


 Edifício da Câmara Municipal, na Praça Municipal (antigo Largo das Chãs. (Foto s/d).

Se com o Liberalismo o poder municipal adquire novas responsabilidades e novas obrigações, também com o Liberalismo as câmaras municipais vêem muitas das suas decisões serem fiscalizadas pelo conselho municipal (1840), originando uma perda de independência no plano político-económico, perda essa aceite pacificamente pelo facto dos impostos resolverem a questão de sustentabilidade local.
A Câmara de Penafiel, nos anos 1835-1851, apresentou, efectivamente, níveis de crescimento das receitas, embora as contas de receitas e despesas tenham sofrido oscilações, caracterizando-se o movimento contabilístico pela apresentação de saldos relativamente equilibrados, que, no entanto, encobriam uma dívida acentuada que não pode ser menosprezada face à dimensão financeira local. É curiosa a forma “engenhosa” como se resolveram os orçamentos, com o socorro a dívidas activas e passivas, um jogo que aponta para estratégias de sobrevivência in extremis. 


Foto antiga do edifício da Câmara Municipal, e vista da Avenida Sacadura Cabral. (s/d)


"As finanças do concelho de Penafiel no período de afirmação do Estado Liberal (1835-1851)"

Elaborado por : António Pinto do Fundo*

* Este texto escrito sem obedecer aos critérios do acordo ortográfico decorre da dissertação de mestrado esteve na base da comunicação apresentada no 29.º Encontro da APHES. Veja-se FUNDO, António José Pinto do - Elites e Finanças: O concelho de Penafiel na reforma liberal (1834-1851). Penafiel: Museu Municipal de Penafiel, Estudos e Documentos, n.º 3, 2010.