As festividades do ciclo do linho
A primeira grande festa relacionada com o ciclo do linho era a arrinca
ou arranque do linho. Esta atividade está associada às colheitas que se
realizam entre o final do verão e o início do outono, da qual também
fazem parte a desfolhada do milho e as vindimas, correspondendo estas,
às principais festividades do ciclo agrícola.
De salientar, que de todas as festividades comuns no mundo rural, 40% estão relacionadas com o ciclo do linho. Os arrancadores, durante a arrinca, entoavam cantares, muitas vezes relacionados com o linho, para que a população circunvizinha os ouvisse e viesse participar.
Depois da arrinca, o linho era colocado sobre o carro de bois e conduzido até à eira, para aí ser ripado, atividade que consistia na operação de separação da baganha ou bagarela, (cápsula que contém a semente) do resto da planta. As brincadeiras no decurso da ripagem eram frequentes, consistindo uma delas no acréscimo propositado da dificuldade provocado pelas raparigas que, estando a entregar as manadas de linho aos homens, davam nós nos caules, o que fazia com que estes tivessem de puxar vigorosamente sem surtir efeito, pois as plantas ficavam presas no ripo. Se a rapariga que tinha dado o nó na manada fosse apanhada, colocavam-lhe o próprio nó no prato da comida. Um outro divertimento que ocorria durante a ripagem era o de um grupo pegar ao colo uma pessoa de cada vez, atirando-a para cima do linho que estava a ser depositado no carro de bois, mostrando assim, a força e a alegria de que ainda dispunham depois de um intenso dia de trabalho. No fim da ripagem era frequente o dono da casa servir uma merenda com sardinhas fritas, broa de milho, azeitonas e vinho.
De salientar, que de todas as festividades comuns no mundo rural, 40% estão relacionadas com o ciclo do linho. Os arrancadores, durante a arrinca, entoavam cantares, muitas vezes relacionados com o linho, para que a população circunvizinha os ouvisse e viesse participar.
Depois da arrinca, o linho era colocado sobre o carro de bois e conduzido até à eira, para aí ser ripado, atividade que consistia na operação de separação da baganha ou bagarela, (cápsula que contém a semente) do resto da planta. As brincadeiras no decurso da ripagem eram frequentes, consistindo uma delas no acréscimo propositado da dificuldade provocado pelas raparigas que, estando a entregar as manadas de linho aos homens, davam nós nos caules, o que fazia com que estes tivessem de puxar vigorosamente sem surtir efeito, pois as plantas ficavam presas no ripo. Se a rapariga que tinha dado o nó na manada fosse apanhada, colocavam-lhe o próprio nó no prato da comida. Um outro divertimento que ocorria durante a ripagem era o de um grupo pegar ao colo uma pessoa de cada vez, atirando-a para cima do linho que estava a ser depositado no carro de bois, mostrando assim, a força e a alegria de que ainda dispunham depois de um intenso dia de trabalho. No fim da ripagem era frequente o dono da casa servir uma merenda com sardinhas fritas, broa de milho, azeitonas e vinho.
Cf. ANILEIRO, Ana. As festividades do ciclo do linho. Notícias de Penafiel, Penafiel, 8 de julho. 2016. Edição n.º11. p.6
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