sexta-feira, 31 de março de 2017

O estilo Neoclássico da Igreja da Misericórdia de Penafiel
Os retábulos colaterais e laterais
 
           As invocações deduzidas num inventário de 1821 concordam com as presentes: Senhor Preso à Coluna (Evangelho) e Ecce Homo (Epístola) que, afinal, têm origem mais remota: no ano de 1685, a Mesa manda aumentar os altares colaterais, abrindo-se meios-arcos nas paredes (os atuais). Mas encontrou-se outra solução: novos retábulos (presumivelmente maneiristas), recebendo aquelas imagens. Não serão mesmas, porque, em 1812, a Mesa paga ao escultor das imagens do Senhor Ecce Homo e Senhor Crucificado. No mesmo ano, o pintor Tavares, de Penafiel, recebe da Mesa, por conta das pinturas da igreja e, em 1813, pela pintura dos quatro santos dos altares.
Decorria o ano de 1852 quando Joaquim Macário da Cunha, pintor penafidelense, encarnou uma imagem do Senhor para os retábulos colaterais.
No que tange à talha, privilegiou-se um mestre entalhador de Mesão Frio, António José Ferreira, que é contratado para fazer quatro altares colaterais (leia-se retábulos colaterais e dois laterais) para a igreja da Misericórdia, em 1798, “lisos e graves”, como recomendava a Mesa.
O douramento e a pintura dos retábulos, púlpitos e guada-vento da igreja concretiza-se em 1806, que é entregue ao pintor penafidelense José Tavares Pimentel. A Mesa declarava que todas aquelas peças já estavam feitas há muitos anos; no ano de 1808, procede-se ao acrescento da pintura e do douramento dos altares e, em 1813, reitera-se a pintura e o douramento dos mesmos.
 
Cf. MENESES, José Carlos. O estilo Neoclássico da Igreja da Misericórdia de Penafiel. Notícias de Penafiel, Penafiel, 29 de julho. 2016. Edição n.º13. p.11.
 


 

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