segunda-feira, 11 de maio de 2020


A Capela de Santo Inácio
Quinta de Santo Inácio de Fiães.
A imagem pode conter: casa, céu e ar livre
         Jorge Maynard da Silva e sua mulher Ursula Pereira da Silva efetuaram escritura de doação e obrigação em 10 de julho de 1703, da Capela de Santo Inácio na sua Quinta de Fiães, em Avintes. Nesta escritura, os mesmos declararam que pela grande devoção que tem a Santo Inácio de Loyola mandaram fazer uma capela a ele dedicada na sua Quinta de Fiães. Eram suas intenções que aí se celebrasse ofícios divinos e solicitaram autorização ao Bispo do Porto para aí se celebrar missa pública, uma vez que a igreja matriz ficava distante daquele local e tal traria benefícios grandes ao povo da região.
Para tal ornaram a mesma e dotaram a fábrica dela, de tudo o que era necessário para os atos litúrgicos, com 4 mil réis de pensão anual perpétua. Estes 4 mil réis anuais seriam retirados dos bens líquidos da dita Quinta.
Em março de 1789 obtiveram Breve Papal para que a mesma tivesse sacrário e, ainda nesse ano, conseguiram Breve de Indulgências.
As autorizações e o beneplácito régio para que a mesma tivesse sacrário só foi conseguido em 1799, comprometendo-se Pedro Van Zeller a ter sempre lâmpada acesa junto ao mesmo. Para estes efeitos Pedro Van Zeller declarou, ainda, em 1800 que teria capelão e só este teria a chave do sacrário e permitiria que o Abade de Avintes celebrasse sempre que assim o entendesse os ofícios e sacramentos na mesma.
Pelo Breve de Indulgências obtido em 1789 todos os fiéis, desde que confessados e comungados, que visitassem a Capela de Santo Inácio, desde as primeiras vésperas até ao sol posto, do dia 2 de agosto, de cada ano, obtinham as mesmas indulgências, remissões de pecados e relaxações de penitências que eram alcançadas nas Igrejas de São Francisco.
Em 29 de julho de 1800 o Provisor do Bispado do Porto deu licença para que o arcediago de Oliveira, Inácio Van Zeller benzesse a Capela e o sacrário da mesma para depois colocarem o Santíssimo Sacramento. Em 2 de agosto de 1800 o arcediago Inácio Van Zeller passou declaração em como já havia benzido a mesma. Antes dessa data já Pedro Van Zeller havia abrido na Capela porta para o povo do local e colocado nela sino para chamar a população para a missa.

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