Amigos do Arquivo de Penafiel
“Breve achega sobre a Música na cidade de Penafiel”
Coretos.
Os coretos, designados em vária literatura da época por music-kiosk ou
bandstad aparecem pela primeira vez, com a configuração que lhe
conhecemos, em Inglaterra. Em Espanha, designam-se por tablado para
tocar bandas de música. Em Portugal, apenas duas mãos cheias de coretos
estão classificados e são menos de cinco dezenas os que estão
inventariados e uma centena de muitos outros estão deitados ao abandono.
Sinónimo de festa, alguns coretos são
ainda usados para receber bandas filarmónicas (apesar de hoje já não
servirem propriamente as bandas porque estas cresceram em número de
efetivos) e outros agrupamentos; surgem nos finais do século XVIII,
aparecendo em vária literatura como pavillon de musique ou tribune de
musiciens. Em Penafiel, destaquem-se os coretos do Sameiro, da Rua
Formosa, do Jardim do Calvário, também chamado Jardim Egas Moniz, e o da
Igreja do Carmo. Este último deverá substituir um mais antigo feito de
materiais perecíveis, pois aparecem na documentação in situ dos séculos
XIX e XX inúmeras referências a festas, aos gastos com músicos que
abrilhantavam as festas, a cantores destacados para o ofício da missa,
transporte do harmónio do Porto para Penafiel a 21 de Julho de 1963 por
25 escudos; reparação do órgão a 31 de Julho de 1983 por 4.000; aluguer
de harmónio por 140; gastos referentes a tocadores de cornetas,
tambores, música militar, ou padre de cantochão em 1819.
Cf. DUARTE, Sónia. Breve achega sobre a Música na cidade de Penafiel.
Notícias de Penafiel, Penafiel, 30 de setembro. 2016. Edição n.º20.
p.13.
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