A "amazia" do Ajudante do Batalhão de Caçadores n.º 6 estacionado em Penafiel
Os conflitos entre os soldados e oficiais do Batalhão de Caçadores n.º 6 e os Penafidelenses eram constantes. Envolviam as altas patentes do Batalhão e os magistrados da cidade (Corregedor e Juiz de Fora). António de Almeida, nas suas "Memórias de Penafiel" para os anos de 1816-1817, dá-nos conta ao pormenor das mesmas.
Assim, atentemos no relato feito por este médico, no seu diário, para o dia 26 de agosto de 1817:
"Dia 26 - Manda o Corregedor por hum officio do Tenente Coronel prender a Barroza P...(*) do Ajudante do Batalhão Barnabé, a qual vindo presa se recolhe para dentro da guarda do Hospital, e a sentinella recusa entregala, ou tomar conta della enquanto os officiais dão parte ao Corregedor. Sahe ella no entanto acompanhada por hum soldado e vai para casa do amante, e quando os officiais voltão lhe diz o camarada do Ajudante que ella ficava em casa de seu amo, e elle dizia que fossem lá por ella.
Dá parte disto mesmo, o Corregedor ao Comandante o qual manda logo render a guarda do Hospital, e ficou toda presa na Cadea, e manda hua escolta dar busca a casa do Ajudante para se prender a amazia a qual fugio pelo telhado a tempo, mas o Ajudante ficou preso."
(*) Embora no texto a palavra se encontre explicita, optamos por colocar desta forma.
Cf: Ms 1980. Biblioteca Pública do Porto, fl.11.
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