quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Arquivo Municipal de Penafiel

A defesa da cidade do Rio de Janeiro 
em 
1696
A imagem pode conter: ar livre
             Em 1696, estando Sebastião de Castro e Caldas, Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo, como Governador do Rio de Janeiro, deparou-se com a chegada aquela cidade de uma esquadra de 5 naus de guerra francesas, a solicitar mantimentos.
Sebastião Castro e Caldas teve receio porque não sabia como estavam as relações entre as duas nações. Assim sendo, solicitou que todos os moradores tomassem armas e mandou fortificar os postos necessários. Nomeou Jorge Maynard da Silva, homem de negócios residente no Rio de Janeiro, como Cabo do Forte do Torrão Antigo existente na cerca dos Padres Bentos.
Jorge Maynard da Silva, à sua custa e com seus escravos, reedificou o dito Forte. Sebastião de Castro e Caldas mandou montar artilharia no mesmo lugar.
Jorge Maynard da Silva, por sua vez, assistiu no Forte de dia e de noite, vigiando, até as naus francesas saírem do Porto.
Meses depois, 3 das ditas naus regressaram, tendo o Governador do Rio de Janeiro ordenado que Jorge Maynard da Silva continuasse a zelar pelo Forte, vigiando o Porto.
Nessa altura, Monsieur de La Roca, Capitão-de-mar-e-guerra de uma das ditas naus, resolveu tentar desembarcar com 3 lanchas de infantaria para resgatar 2 Tenentes seus, presos na cadeia do Rio de Janeiro.Tocando-se a rebate, Jorge Maynard da Silva foi dos primeiros a impedir o desembarque das tropas francesas e obrigou-os a regressarem às suas naus. O Povo amotinou-se e matou um Tenente e feriu vários franceses, havendo troca de tiros de mosquetaria de parte a parte.
Assim sendo, tentando evitar os problemas o Governador do Rio de Janeiro ordenou que os moradores ocupassem os seus postos de dia e de noite.
A Companhia da Nobreza liderada por Jorge Maynard da Silva, na primeira noite, à sua custa, levantou uma trincheira à prova de canhão e todas as companhias a imitaram. Ao amanhecer, a cidade do Rio de Janeiro estava entrincheirada e guarnecida e, assim ficou, até as 3 naus partirem daquele Porto.
Mais tarde, chegando ao Rio de Janeiro 5 naus de guerra Inglesas, Sebastião Castro e Caldas usou dos mesmos cuidados, contando sempre com o apoio, para defender a cidade, de Jorge Maynard da Silva. O apoio deste foi importantíssimo até por dominar bem a língua Inglesa usando para o efeito de toda a diplomacia.
Nenhuma descrição de foto disponível.

Sem comentários:

Enviar um comentário