terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Anastácia do Rosário
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      Hoje vamos dar a conhecer um pouco de uma das primeiras recolhidas no Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição de Penafiel e que já tinha transitado para este vinda do Recolhimento junto à Misericórdia.
Viveu cerca de 31 anos recolhida, tendo exercido o cargo de prioresa e de sacristã.
Caracterizada por Frei Bernardo como muito caridosa, cândida e humilde, suportando o desprezo das suas companheiras e maus tratos. Devota do Santíssimo Sacramento, ficava inúmeras vezes "arrebatada dos sentidos por largo tempo." Quando recebia o Santíssimo era usual permanecer em êxtase por largas horas, ou durante os sermões dos pregadores, na altura em que estes mencionavam as esposas de Deus ou o "Amor a Deus", permanecia estática mesmo após terem terminado as práticas.
Sofrendo, provavelmente, de depressão, quanto mais desprezada era pelas irmãs, mais se humilhava, num sofrimento arrebatador que a levava a chorar diariamente.
Esta recolhida adoeceu de "maligna", sendo tratada com "cautérios" rigorosos que a fizeram sofrer bastante.
Não foi possível apurar a data da sua morte.
          Cf: Fernandes, Paula Sofia Costa - "Santas ou Loucas? - As recolhidas do Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição de Penafiel aos olhos do seu cronista." In Pereira, Ana Leonor; Pita, João Rui (coord.) - Mulheres e Loucura - I. Coimbra: Sociedade de História Interdisciplinar da Saúde / Centro de Estudos Interdisciplinares do século XX da Universidade de Coimbra - CEIS20, 2019. pp. 39-46.



Os incunábulos
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      Palavra derivada do latim incunabulum, que significa berço, origem, princípio.
Estes livros foram os primeiros livros impressos.
São semelhantes aos manuscritos, têm grande formato, raramente têm folha de rosto e numeração e a maioria era escrita em latim.
Um dos incunábulos mais conhecidos e importantes é a Bíblia de Gutenberg.
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

O "Se Jaquim da eléctrica"
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       António Guimarães retratou este homem, considerando-o uma figura típica da localidade. Desta forma, descreveu -o, assim: "Faz de sua conta um cerradito ali na 'Eléctrica'; e é daqui que lhe vem o nome porque é conhecido, pois para ali se 'arrumou' mais a 'Se Marquinhas' que enquanto pôde muito o ajudou. Cuida de flores que vende 'às mãos cheias' pelos Fiéis. Mas o seu forte é o serviço de transportes de pequenas cargas que, em carrito mal amanhado, puxado por um cavalico que, conduz a qualquer parte, justando sempre, ou dizendo no fim quanto é o trabalho."
      AMPNF/Fundo Casa Comercial Foto Antony/Reportagem 1494 de 1962.


O Sr. Artur das Peneiras
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          Retratado por António Guimarães, nas suas reportagens sobre as figuras típicas, descreveu-o como não sendo natural de Penafiel, mas circulando por esta localidade amiudadas vezes.
O seu nome era Artur de Castro, do lugar de Casadela, freguesia de São Gens, em Fafe. Tinha na altura 48 anos e desde menino fazia peneiras e corria caminhos e estradas para as vender.
Estas eram fabricadas de choupo e as mais pequena andavam à volta dos seis escudos.
      Fotografia da autoria de António Guimarães, reportagem 1703 de 1963. 
        Fundo "Casa Comercial Foto Antony"


Instrumentos de escrita
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             Inicialmente utilizou-se o estilo ou "graphium", que era uma haste de ferro ou mármore com ponta que servia para traçar os caracteres nas tábuas.
Até ao século XIII utilizou-se o calámo, que era um pedaço de junco cortada na forma de pena com o extremo afiado ou biselado para escrever com tinta. Durante essa época também se utilizou muito a pena de cisne ou de ganso.
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Jorge Maynard da Silva
         Natural da cidade do Porto.
Foi viver para o Rio de Janeiro onde era homem de negócios na década de 70 do século XVII.
Teve por várias vezes um papel muito importante na defesa da cidade do Rio de Janeiro, nomeadamente em 1696.
Em 1698 acudiu com seus cabedais para socorrer a Praça da Nova Colónia do Sacramento no Rio da Prata.
Casou com Úrsula Pereira da Silva, natural da cidade do Porto.
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Os Recolhimentos na Idade Moderna
    Os objetivos destes recolhimentos enquadravam-se num contexto pós-tridentino e contra-reformista de repressão das atitudes femininas, afastando-as do pecado a que estavam intimamente ligadas pelo facto de descenderem de Eva, aproximando-as da figura feminina mais santa na história da humanidade para estes homens: A Virgem Maria.
Assim, a castidade feminina, o recato, o pudor, a reserva, a oração contínua, o negar os "prazeres da carne", quer na frugalidade alimentar, quer nas disciplinas continuas a que sujeitavam os corpos, quer na parcimónia no trajar, o enaltecer do silêncio, do uso dos silícios tornavam-se uma constante nestes espaços.
Dos altos dos púlpitos religiosos enalteciam as delícias dos recolhimentos e conventos que catapultavam as almas perdidas das mulheres quase diretamente para o seio de Deus.
Desta forma, se muitas jovens entravam nestes recolhimentos por imposição familiar, outras movidas por seus confessores e pelos sermões que ouviam nas igrejas e pelas hagiografias que se multiplicaram na contra-reforma, entravam nos cenóbios por sua manifesta vontade, como forma de alcançarem a vida eterna na paz de Deus.
   Cf: Fernandes, Paula Sofia Costa - "Santas ou Loucas? - As recolhidas do Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição de Penafiel aos olhos do seu cronista." In Pereira, Ana Leonor; Pita, João Rui (coord.) - Mulheres e Loucura - I. Coimbra: Sociedade de História Interdisciplinar da Saúde / Centro de Estudos Interdisciplinares do século XX da Universidade de Coimbra - CEIS20, 2019. pp. 39-46.
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

A Capela de Jorge Maynard da Silva 
 Avintes
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               Em março de 1711, a Capela em Avintes, de Jorge Maynard da Silva, possuía em crucifixo de Marfim com dois resplendores de prata e peanha e cruz coberta de tartaruga com remates e incrustações a prata.
Uma imagem de São Xavier;
Uma imagem de Santo Inácio;
Uma imagem mais pequena de Nossa Senhora da Conceição;
Uma imagem do Menino Jesus e outra de São João Batista, cada uma dentro do seu vidro;
Dois castiçais grandes de estanho;
Uma estante de pau-preto;
Um vidro fino que servia de pia de água benta com izope de pau-preto;
Uma caçoila de folha-de-flandres;
Um missal encadernado, entre outros objetos de culto e paramentaria.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Arquivo Municipal de Penafiel

A defesa da cidade do Rio de Janeiro 
em 
1696
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             Em 1696, estando Sebastião de Castro e Caldas, Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo, como Governador do Rio de Janeiro, deparou-se com a chegada aquela cidade de uma esquadra de 5 naus de guerra francesas, a solicitar mantimentos.
Sebastião Castro e Caldas teve receio porque não sabia como estavam as relações entre as duas nações. Assim sendo, solicitou que todos os moradores tomassem armas e mandou fortificar os postos necessários. Nomeou Jorge Maynard da Silva, homem de negócios residente no Rio de Janeiro, como Cabo do Forte do Torrão Antigo existente na cerca dos Padres Bentos.
Jorge Maynard da Silva, à sua custa e com seus escravos, reedificou o dito Forte. Sebastião de Castro e Caldas mandou montar artilharia no mesmo lugar.
Jorge Maynard da Silva, por sua vez, assistiu no Forte de dia e de noite, vigiando, até as naus francesas saírem do Porto.
Meses depois, 3 das ditas naus regressaram, tendo o Governador do Rio de Janeiro ordenado que Jorge Maynard da Silva continuasse a zelar pelo Forte, vigiando o Porto.
Nessa altura, Monsieur de La Roca, Capitão-de-mar-e-guerra de uma das ditas naus, resolveu tentar desembarcar com 3 lanchas de infantaria para resgatar 2 Tenentes seus, presos na cadeia do Rio de Janeiro.Tocando-se a rebate, Jorge Maynard da Silva foi dos primeiros a impedir o desembarque das tropas francesas e obrigou-os a regressarem às suas naus. O Povo amotinou-se e matou um Tenente e feriu vários franceses, havendo troca de tiros de mosquetaria de parte a parte.
Assim sendo, tentando evitar os problemas o Governador do Rio de Janeiro ordenou que os moradores ocupassem os seus postos de dia e de noite.
A Companhia da Nobreza liderada por Jorge Maynard da Silva, na primeira noite, à sua custa, levantou uma trincheira à prova de canhão e todas as companhias a imitaram. Ao amanhecer, a cidade do Rio de Janeiro estava entrincheirada e guarnecida e, assim ficou, até as 3 naus partirem daquele Porto.
Mais tarde, chegando ao Rio de Janeiro 5 naus de guerra Inglesas, Sebastião Castro e Caldas usou dos mesmos cuidados, contando sempre com o apoio, para defender a cidade, de Jorge Maynard da Silva. O apoio deste foi importantíssimo até por dominar bem a língua Inglesa usando para o efeito de toda a diplomacia.
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