As festividades do ciclo do linho
A espadelagem decorria num ambiente de festa, onde eram convidadas as raparigas das redondezas, que traziam as suas próprias espadelas, espadeladouros ou cortiços de espadelar, para trabalhar em grupo, sempre à noite e fora de casa, em terreiros, à luz da lua ou da candeia. As mulheres juntavam-se sentadas ou de pé, a espadelar e a entoar cantigas em coro, tendo como espetadores os homens que se dispunham à sua volta. Findo os trabalhos, dançava-se ao som da concertina, e a dona de casa servia sardinha com pão e bebia-se vinho à descrição. Esta tarefa monótona era transformada em divertimento, dado que se cantava, dançava e faziam-se “brincadeiras”, pelo facto de ser permitida a interferência masculina. No Concelho de Penafiel era frequente durante a espadelagem o rapaz, para mostrar que estava interessado na rapariga, ou simplesmente para se divertir, cumprimentá-la e ao mesmo tempo roubar-lhe uma maçã, que era colocada com este propósito no interior do cortiço de espadelar. Muitas vezes, as raparigas em vez de colocarem maçãs no cortiço de espadelar colocavam urtigas, para gracejar com os rapazes.
Nas casas dos lavradores mais abastados, organizavam-se as fiadas para as quais eram convidadas as mulheres das proximidades, para se juntarem a fiar, tratando o linho do dono da casa, já que apenas os mais abastados possuíam linho que justificasse uma fiada. As mulheres juntavam-se à porta de casa, a fiar, em troca de um almoço farto, que terminava com um divertido bailarico.
A espadelagem decorria num ambiente de festa, onde eram convidadas as raparigas das redondezas, que traziam as suas próprias espadelas, espadeladouros ou cortiços de espadelar, para trabalhar em grupo, sempre à noite e fora de casa, em terreiros, à luz da lua ou da candeia. As mulheres juntavam-se sentadas ou de pé, a espadelar e a entoar cantigas em coro, tendo como espetadores os homens que se dispunham à sua volta. Findo os trabalhos, dançava-se ao som da concertina, e a dona de casa servia sardinha com pão e bebia-se vinho à descrição. Esta tarefa monótona era transformada em divertimento, dado que se cantava, dançava e faziam-se “brincadeiras”, pelo facto de ser permitida a interferência masculina. No Concelho de Penafiel era frequente durante a espadelagem o rapaz, para mostrar que estava interessado na rapariga, ou simplesmente para se divertir, cumprimentá-la e ao mesmo tempo roubar-lhe uma maçã, que era colocada com este propósito no interior do cortiço de espadelar. Muitas vezes, as raparigas em vez de colocarem maçãs no cortiço de espadelar colocavam urtigas, para gracejar com os rapazes.
Nas casas dos lavradores mais abastados, organizavam-se as fiadas para as quais eram convidadas as mulheres das proximidades, para se juntarem a fiar, tratando o linho do dono da casa, já que apenas os mais abastados possuíam linho que justificasse uma fiada. As mulheres juntavam-se à porta de casa, a fiar, em troca de um almoço farto, que terminava com um divertido bailarico.
Cf. ANILEIRO, Ana. A broa e os moinhos em Penafiel. Notícias de Penafiel, Penafiel, 8 de julho. 2016. Edição n.º11. p.6.
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