Casa da Companhia
José de Azevedo e Sousa era um grande tanoeiro, seguindo os passos de seu pai. Os seus negócios passavam pelo comércio e produção de vinho do Porto, que durante séculos e até aos dias de hoje gera riqueza. Além de produtor, também pertencia à Companhia da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, onde era acionista habilitado ao exercício de cargos na Junta de Administração, de provedor, vice-provedor ou deputado. Sabemos que as suas adegas se localizavam em Canelas, e que possuía 114 pipas, pelo menos no ano de 1777. Alguns artigos levam-nos a pensar que esteve envolvido na Revolta dos Tanoeiros, sendo identificado como um dos mais ricos tanoeiros do Porto.
Pertencia à Ordem de Cristo, hábito que conseguiu através de uma carta padrão. A sua entrada na Ordem foi formalmente aceite no ano de 1766, pelo prior Estevão Gamboa, da Ordem de Cristo, em Coimbra.
Era também acionista da Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba, o que demonstra que alargou os seus negócios para lá do Atlântico. No seu inventário encontramos uma série de listagens de devedores, demonstrando que ele se dedicava à usura.
Entre os seus parceiros comerciais encontramos nomes que marcaram a História de Portugal, como é o caso de Beleza de Andrade, assim como o nome de muitos
Quanto à sua vida pessoal, sabemos que se casou duas vezes, com duas Marianas, a primeira com Mariana de Jesus e o segundo matrimónio foi com Mariana de Jesus Rocha. Do primeiro matrimónio, José de Azevedo e Sousa teve dois filhos: José de Azevedo, do qual só temos a data de nascimento e nunca é referido na documentação, o que nos leva a supor que possa ter morrido ainda em criança. Teve, também, Francisco Maria de Azevedo, que foi tesoureiro-mor da Sé do Porto. O segundo casamento foi com Mariana de Jesus Rocha e tiveram 5 filhos: Dona Sebastiana Máxima de Azevedo e Sousa, Dona Maria Clementina de Azevedo e Sousa, Dona Ana Benedita de Azevedo e Sousa, Dona Isabel de Azevedo e Sousa e José Joaquim de Azevedo e Sousa.
Cf. GOMES, Cecília. Casa da Companhia. Notícias de Penafiel, Penafiel, 17 de junho. 2016. Edição n.º9. p.8.
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