A festividade das “40 horas do Entrudo” ou do “Lausperene”, iniciada em Itália, no século XVI, pelo Papa Pio IV , vai-se começar a celebrar em Penafiel, na Misericórdia, no século XVII. Cristo teria permanecido no sepulcro quarenta horas, assim o Senhor (corpo de Cristo) ficaria exposto essas mesmas horas nas igrejas, para que a população meditasse e o adorasse. Também denominada de quarenta horas do Entrudo, pretendia que na temporada que durava o Carnaval, “época de gozo e transgressão das normas” e que precedia o ciclo pascal, a população se refreasse e respeitasse a presença do Senhor.
A principal função desta festividade consistia na catequização, moderação de costumes considerados indecorosos e indignos de um fiel cristão. Sendo o entrudo a evocação dos prazeres da carne, o período dos excessos e mesmo muitas vezes de violência, a Santa Casa com a celebração das quarenta horas pretendia reprimir os ímpetos e aquietar os devotos, implementando, assim, medidas de autocontrolo.
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