Sabia que...
"As queixas da população contra a localização e insalubridade dos matadouros do Quelho da Atafona vêm já da primeira metade do século e vão-se tornando cada vez mais insistentes. A cidade crescera ao longo da Rua Formosa, para ela programava os tão desejados melhoramentos, nela instalara as melhores residências, não se tornando pois compatível com tanto progresso a existência nas traseiras desta avenida de um foco de maus cheiros e imundície que, tinha-se agora consciência, podia ser muito pernicioso para a saúde pública. Assim pressionada a Câmara manda fazer a planta e orçamento para um novo matadouro, a sediar fora da cidade."
"Teriam os penafidelenses de esperar por ele ainda quase três décadas. As casas do Quelho da Atafona, que compreendiam matadouro, talho e salgadeiras para os couros acabaram por ir à praça em Dezembro de 1882, quando a administração municipal tinha já começado a obra do novo matadouro, situado no monte de Chelo, propriedade do então presidente da Câmara Manuel Pedro Guedes, à margem da Estrada de Guimarães, no limite da cidade."
"É este mesmo presidente que na sessão de 20 de Abril de 1882 oferece à Câmara a planta do matadouro, orçado em 5.000$000, e aprovada na reunião seguinte. O projecto importado para Penafiel esteva de acordo com todas as exigências que na época se pediam a estabelecimentos deste tipo, sendo tido como modelar para povoações desta dimensão, o que levou a que a respectiva planta fosse solicitada por outros concelhos. Nem por isso escapou à critica que, nos anos noventa, vai pôr em causa a aceleração imprimida aos melhoramentos da década anterior, por excessivos para as disponibilidades locais."
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