sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Santa Casa da Misericórdia de Penafiel

               Foram vários, os naturais do antigo concelho de Aguiar de Sousa que entraram para irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Penafiel, entre os séculos XVII e XIX.
Sendo esta a mais importante confraria que existia na localidade, atraía os nobres locais, bem como, os abades das paróquias circundantes.
Vejamos alguns exemplos:
- Em 1680, o Abade de Castelões de Cepeda, André Pinto, era um dos irmãos de maior condição da Misericórdia de Penafiel;
- Em 1754, o Dr. Manuel da Costa Velho, também abade de Castelões, entra para irmão de maior condição;
- Em 1810, foi a vez de D. José de Noronha Faro e Lucena, também abade dessa paróquia;
- A pertencer aos confrades de maior condição esteve, também, o Abade de Besteiros, António Teixeira da Mota, tendo ingressado em 1737;
- Em 1754, entrou o abade de Bitarães, Simão de Castro Passos e, ainda nesse ano, foi admitido a confrade o Abade de Mouriz, Jacinto Lopes Barreto.
Para além de vários clérigos, também muitos nobres da região pertenceram a esta confraria régia, como o licenciado António José Moreira da Rocha, da freguesia da Madalena, em 1781; em 1660, já pertencia à mesma o capitão Gonçalo Cardoso de Vasconcelos, de Cête; em 1737, Henrique Lopes Barreto, também de Mouriz; ainda desta freguesia, na mesma data, o sargento-mor Hipólito Barreto de Morais Andrade; em 1821, de Baltar, entrou o capitão António Caetano de Faria Vieira de Meneses; no ano seguinte, do lugar de Paredes, o capitão-ajudante Sérgio de Morais Alão e, em 1829, da Casa do Souto Mião, em Castelões de Cepeda, o capitão António José Vieira de Magalhães.
        A imagem com a vista geral de Paredes foi retirada do blog: https://aoencontrodopassado.blogs.sapo.pt/6168.html
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João Coreia
             Era mercador e morador em Arrifana de Sousa.
Em 6 de fevereiro de 1511, obteve carta de privilégio de cidadão do Porto, em virtude dos serviços prestados a D. Manuel I.
Em sua vida remodelou e adornou a Igreja do Espírito Santo, dotando-a de rendas para a sua fábrica. Aí foi sepultado, bem como, vários dos seus descendentes.
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Quinta do Vilar, no Porto
           A Quinta do Vilar é o atual Colégio de Nossa Senhora de Lourdes.
Aí residiu, nos inícios do século XIX, o primeiro Barão de Vilar Cristiano Nicolau Kopke.
A casa obteve obras de melhoramento com Doroteia Augusto Kopke, filha do primeiro Barão de Vilar.
A pedra de armas foi adicionada à casa pelo filho desta, Cristiano Vanzeller. Possuía capela de invocação de Nossa Senhora da Saúde. A 1 de junho de 1816 a dita capela foi benzida pelo chantre Tomás da Rocha Pinto.
Dez dias depois, obtiveram licença para se poder celebrar missa nesta capela, edificada por Cristiano Nicolau Kopke.
Para a fábrica da capela, o primeiro Barão de Vilar deu-lhe de património a quantia de quatro mil réis anuais.
Dois anos volvidos, em 16 de março de 1818, Cristiano Nicolau Kopke fazia requerimento a solicitar a aprovação de planta e licenças necessárias para edificar uma capela de maior comprimento, para benefício do povo e para se poder realizar as festas e venerações no lugar onde se havia iniciado a pequena capela, e que se situava no início da nova rua que se abria e que ia do lugar de Vilar para a Torrinha.
Em julho de 1821, Sua Santidade concede indulgências plenárias à dita capela.
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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

José Pereira Nobre
Tetravô do poeta António Nobre

                Nasceu em Cimo de Vila, Penafiel, a 12 de fevereiro de 1718 e casou com D. Maria Josefa da Costa, nascida a 4 de novembro de 1719, no lugar da Lixa, freguesia de Borba de Godim.
A bisavó de António Nobre era Ana Maria Pereira Nobre, nascida na Lixa, a 10 de fevereiro de 1770, que casou com José Teixeira de Carvalho, do qual teve três filhos. Uma delas era Ana Pereira Nobre, que casou com Francisco José Alvares Teixeira e teve cinco filhos, entre os quais José Pereira Nobre, pai de António Nobre.
Cf. Ferreira, José F. Coelho - António Nobre: O poeta e Penafiel. Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2000.
Imagem retirada da página: ahistoriaenossa.blogspot.com
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“Tenente de Milhundos”

             João Nunes Borges de Carvalho tinha por alcunha o nome “Remexido de Milhundos”, devido ao seu temperamento irrequieto. Mantinha uma guerrilha de cerca de vinte homens assoldados à sua custa.
A Casa de Milhundos era casa de caseiros da Quinta de Milhundos e servia de aquartelamento do bando armado de miguelistas.
Esta casa foi vendida pelo Tenente para sustentar a sua guerrilha, mais tarde readquirida pelo seu filho Dr. Custódio Nunes Borges de Carvalho, prior da Lapa, em Lisboa.
Nesta casa instalou-se a APADIMP.
     Cf. MENDES, J.J. – “Camilo e Penafiel”. Penafiel. Câmara Municipal de Penafiel, 1998.
Imagens retiradas da página: http://penafielterranossa.blogspot.com

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Manuel da Costa Velho
Abade de Castelões de Cepeda

             Manuel da Costa Velho, abade reservatário de Castelões de Cepeda, morreu na cidade do Porto, na rua Nova do Almada, freguesia de Santo Ildefonso, com cerca de 70 anos de idade, no dia 10 de julho de 1771.
Benemérito da Igreja Paroquial de Castelões de Cepeda, instituidor de várias das suas festividades, pediu para ser sepultado nesta igreja, junto ao altar de Nossa Senhora do Rosário.
O seu corpo foi colocado num caixão forrado de pano de linho e conduzido do Porto a Castelões de Cepeda.
O caixão foi transportado por machos e coberto com uma baeta que depois foi oferecida aos pobres.
O seu corpo foi acompanhado por seis clérigos a cavalo, carregando tochas a arder, que deveriam ir à frente de seu féretro e atrás seguiram vinte pobres com velas.
Sem luzes não se podia fazer o enterro, mesmo de dia. A luz prefigurava a luz eterna reservada aos justos e espantava os demónios. A abundância de pingados (aqueles que levavam as tochas) constituía um sinal exterior de reputação e honorabilidade.
Em todas as freguesias por onde passassem se rezaria.
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sábado, 19 de outubro de 2019

Busto 
de 
António Nobre em Penafiel

          O monumento em Penafiel foi inaugurado a 18 de março de 1941, em sessão solene no salão da Câmara Municipal de Penafiel, sendo Presidente o Padre Carlos Soares e tendo assistido à cerimónia o escritor Teixeira de Pascoais.
O monumento foi inaugurado no Jardim Público, às 17 horas, com assistência da família do poeta, estando o discurso a cargo do reverendo Padre Moreira das Neves.
O monumento encontrava-se enfeitado com cravos, a flor preferida de António Nobre.

        Cf. FERREIRA, José Coelho - "António Nobre: O poeta e Penafiel". Penafiel: Câmara Municipal de Penafiel, 2000.
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Arquivo Municipal de Penafiel
O Prior e mais oficiais da Ordem Terceira do Carmo de Penafiel 
em 1803

Em julho de 1803 foram eleitos para:
Prior: Vicente da Lima Barreto
Sub prior: António José de Araújo
Secretário: António Joaquim de Carvalho
Tesoureiro: António José da Fonseca
Procurador-Geral: Joaquim José dos Santos
Mestre dos Noviços: Manuel Pinto Ribeiro
Priora: Dona Joana Rosa Leal de Lemos
Sub priora: Angélica Rosa dos Santos
Mestre das Noviças: Maria da Piedade
Sacristãos: José Luís Ribeiro; Francisco José da Rocha; António das Neves
Zeladores: Manuel Custódio Ribeiro; Geraldo José Ribeiro
Definidores: João Bernardo Teles de Meneses; Gonçalo José Soares de Sá; o Padre Vigário do Culto Divino; Reverendo José António da Fonseca Lemos; António José Barbosa; João Novais de Castro e o Dr. Francisco Diogo Pereira de Magalhães.

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