domingo, 26 de fevereiro de 2017

Sabia que…

A Casa de Barbosa data do início da nacionalidade.
 
Segundo a cópia do livro “Tractado genealogico das Familias Ilustres do Reyno de Portugal. Tomo Sexto. De Manoel de Meyrelles de Souza. Presentemente de Joze Monteiro Guedes de Vasconcelos Mourão”, pertencente ao fundo documental da Casa do Bovieiro, as famílias de Barbosas e Sousas vêm ambas do mesmo tronco.
O Solar de Barbosas, a Honra e Quinta de Barbosa a Velha, situava-se na freguesia de São Miguel de Barbosa...
, que mais tarde passou a denominar-se de São Miguel de Rans, sita no concelho de Penafiel. Tomou este apelido devido ao facto de D. Sancho Nunes de Barbosa, Senhor desta Honra e Quinta aí residir. Após a sua morte, sucedeu-lhe seu filho, D. Nuno Sanches de Barbosa, casado com Dona Teresa Afonso, filha bastarda de D. Afonso Henriques. Tiveram D. Pedro Nunes de Barbosa e Dona Sancha Nunes. Quem herdou a dita Quinta e Honra de Barbosa a Velha foi Dona Sancha Nunes, casada com D. Abril Pires de Lumiares, que tiveram uma filha de nome Dona Urraca Abril, também Senhora da Quinta e Honra de Barbosa e do concelho de Penafiel de Sousa. Esta Senhora casou com João Martins Chora e tiveram D. Pedro Jannes, o Gago. Este Senhor foi dono do Solar de Barbosa o Velho e da Honra de Barbosa e casou com Dona Urraca Afonso, filha bastarda do rei D. Afonso III e tiveram uma única filha, Dona Aldonsa, a qual após a morte de seu pai, juntamente com sua mãe, governou esta Quinta e Honra de Barbosa, durante o reinado de D. Dinis. D. Dinis, em 1308, mandou fazer a inquirição das honras, onde refere esta e as duas Senhoras que a governavam.
Dona Aldonsa não teve filhos, acabando esta geração dos Barbosa, nesta Casa.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017


As habitações de Penafiel no século XVIII

 

O livro de arruamentos de 1792 permite concluir que mais de 80% das casas são de sobrado, com cobertura de telha, possuindo lojas e quintal.
As térreas, telhadas ou colmaças, estavam principalmente na parte baixa da vila.
Alinhadas em banda ao longo das ruas, as casas viravam para elas uma fachada estreita, normalmente sem portões ou quintais interpostos. Lotes estreitos e longos eram ocupados junto à rua pelo edifício, ficando o espaço sobrante para o quintal, onde frequentemente se encontrava uma segunda entrada por ruelas ou becos secundários.
No piso térreo estaria, em muitos casos, a loja e a oficina.
O sobrado, ocupado pela habitação era único e só num caso duplo em 1762.
Construções estreitas, vazadas e ventiladas pelos topos, deixavam divisões interiores iluminadas indirectamente ou por clarabóias. Entradas em corrida ladeavam a parede até à porta oposta. As habitações graníticas de Penafiel carecem de ordenamento de fachadas, nomeadamente de cérceas.
Pontualmente, edificaram-se algumas casas e palácios com alçados mais trabalhados, como o palacete setecentista, sito na Rua do Paço, com dois pisos e com suas pilastras e cunhais a quebrarem a horizontalidade do conjunto.
Por sua vez, a casa Soares Barbosa, fronteira à matriz, restaurou a fachada nos finais de setecentos, altura em que na cidade se faziam várias obras. O alçado tripartido termina num frontão muito pesado, com decoração de sabor tardo barroco.
A casa dos Garcês resultou da soma de pequenas casas que foram todas unidas por um grande frontão. Retirado o reboco, ficaram expostas as várias construções.
Na rua do Paço situava-se o único e autêntico palácio da cidade que pertenceu à família Pereira do Lago. Constituído por um piso térreo e andar nobre, alçado simétrico e de sabor neoclássico, formado por um corpo central rematado por frontão triangular, com três portas de sacada única. A porta, para carros, acedia a um grande vestíbulo, onde a escada levava ao andar superior.
A casa e terreno adquirido para o Bispo de Penafiel compunham a quinta que foi vedada em 1773. Foi então muito reformada ao nível da fachada, cuja traça mostrava um sabor culto, com linhas horizontais.
Na segunda metade do século XIX foi comprado por um particular que a adaptou para sua residência.

Cf. GRAVETO, Pedro José Garcia do Nascimento – A Matriz até à Misericórdia. Coimbra: Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, 2000. Tese de Licenciatura policopiada, p. 68-70.
Do Facebook "Associação dos Amigos do Arquivo de Penafiel"

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Olá amigas(os)

Irei a partir de hoje tentar que este blog, seja um polo de informação sobre a atividade do Arquivo Municipal de Penafiel e da Associação de Amigos do Arquivo Municipal de Penafiel.

Até já